Na última quinta-feira (10), uma notícia triste deixou todo mundo chocado e de coração apertado. A pequena Sarah Raissa Pereira, uma menina de apenas 8 anos, faleceu depois de participar de um “desafio do desodorante”, que anda acontecendo pela internet. Vale ressaltar que esse tipo de “brincadeira” vem sendo compartilhado entre crianças e adolescentes nas redes sociais, e infelizmente acabou em tragédia.
A pequena Sarah inalou o gás de um desodorante em spray e teve uma parada cardiorrespiratória logo em seguida. Os médicos tentaram reanimar ela, mas infelizmente ela não resistiu. Uma perda sem sentido, que deixou família, amigos e muita gente sem entender como isso pode acontecer.
Segundo o Dr. Paulo Telles, pediatra conhecido na área, o problema é que esses produtos tem substâncias muito perigosas quando inaladas. Ele explicou que dentro do desodorante tem álcool e outros componentes que, se respirados direto, podem fazer um estrago grande no corpo. O álcool, por exemplo, pode irritar as vias respiratórias e provocar um tipo de crise parecida com a de asma, fechando os brônquios e diminuindo o oxigênio no sangue. Isso tudo pode causar uma parada cardíaca.
Além disso, muitos desses sprays tem butano, isobutano e propano – nomes estranhos mas que basicamente são gases tóxicos. Esses gases podem causar asfixia, ou seja, a pessoa para de respirar porque o corpo não consegue lidar com o que tá entrando nos pulmões. E tem ainda uns que tem ácido clorídrico, que pode fazer o coração bater fora do ritmo ou até parar de vez.
O doutor também deixou claro que cada corpo reage de um jeito, mas que em crianças, como a Sarah, mesmo uma quantidade pequena dessas substâncias já pode ser fatal. O organismo dos pequenos é muito mais sensível do que o de um adulto, então o risco é ainda maior.
É muito triste ver que uma vida tão nova se foi por causa de um conteúdo que circula livremente na internet e que muitos encaram como brincadeira. A verdade é que muitos jovens não têm noção do perigo real que essas modas e desafios podem trazer. E o pior é que nem todo mundo fala sobre isso. Tem escola que não comenta, tem pai e mãe que nem sabe o que tá rolando online.
Esse caso da Sarah nos faz pensar na responsabilidade que a gente tem, como sociedade mesmo, de cuidar das crianças e orientar melhor sobre o que elas veem na internet. Os pais precisam conversar mais com os filhos, saber o que tão assistindo, quais vídeos andam compartilhando. E as escolas também deviam fazer rodas de conversa sobre isso, pra alertar os alunos dos riscos.
A gente vive num mundo onde qualquer um pode postar o que quiser, e nem sempre o que tá na moda é seguro. Só que as crianças ainda não têm esse filtro, esse senso de perigo. Elas acham que é só uma diversão inocente, uma coisa que todo mundo tá fazendo, e acabam pagando um preço muito alto por isso.
Que a história da Sarah sirva como alerta. Que ela não seja apenas mais uma estatística, mas sim um motivo pra gente abrir os olhos, cuidar mais dos nossos filhos e prestar mais atenção no que eles tão consumindo na internet.