A Polícia Civil está investigando se o homem suspeito de ter matado a estudante Bruna Oliveira da Silva, que foi encontrada morta na última quinta-feira (17/04) na zona leste de São Paulo, também foi assassinado depois de ser julgado por um “tribunal do crime” do Primeiro Comando da Capital (PCC). O suspeito, Esteliano José Madureira, de 43 anos, foi encontrado morto na noite da última quarta-feira (23/04), na Avenida Morumbi, na zona oeste da capital.
Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (24/04), o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) informou que a principal linha de investigação sobre a morte de Esteliano é a possibilidade de ele ter sido julgado por um tribunal do crime. A polícia está analisando todos os detalhes do caso para tentar entender o que realmente aconteceu.
Esteliano era conhecido na comunidade da Avenida Sport Club Corinthians Paulista, na zona leste, onde morava. Lá, ele era chamado de “Mineiro” e prestava serviços montando e desmontando barracas na estação de metrô Corinthians-Itaquera. Foi justamente dessa estação que Bruna pegou o metrô para voltar para casa no dia do seu desaparecimento. Os moradores da comunidade também revelaram que Esteliano estava sempre envolvido com questões que geravam desconfiança. Eles afirmam que, após a morte de Bruna, houve um desconforto generalizado na região, e todos estavam muito interessados em descobrir quem era o responsável pelo crime.
Os delegados que estão à frente do caso, Rogério Thomaz e Alexandre Menechini, disseram que, além da hipótese do tribunal do crime, também estão sendo analisadas outras possibilidades, como linchamento ou vingança. “A polícia não descarta nenhuma hipótese”, disseram. Ou seja, ainda não há uma conclusão sobre o que realmente aconteceu, e todas as opções estão sendo investigadas com seriedade.
Outra pista que está sendo considerada pela investigação é a mudança de comportamento de Esteliano após o crime. Segundo a polícia, ele passou a agir de forma estranha, algo que chamou a atenção dos que conviviam com ele. “Ele começou a se comportar de maneira diferente. Fez a barba, algo que nunca fazia, ficou muito nervoso e, normalmente, usava as mesmas roupas, mas, depois do crime, começou a se vestir de outra forma. Esses sinais chamaram a atenção da polícia, que agora o coloca como um dos principais suspeitos”, relataram os delegados.
A mãe de Bruna, Simone da Silva, também deu declarações sobre o possível envolvimento de Esteliano no caso. Em entrevista ao portal Metrópoles, ela contou que já havia ouvido rumores de que Esteliano havia sido encontrado morto na terça-feira (22/04). “Parece que ele foi julgado por um tribunal do crime de uma comunidade”, afirmou Simone. A mãe de Bruna ainda disse que tinha recebido informações de moradores da área que indicavam que Esteliano teria sido realmente morto como parte de uma justiça feita por criminosos.
A morte de Esteliano tem gerado uma grande repercussão na cidade, e a Polícia Civil segue investigando todos os detalhes para chegar à verdade sobre o que aconteceu. O caso está sendo tratado com prioridade, e qualquer nova pista ou informação que surja será levada em consideração. A polícia ainda aguarda depoimentos de moradores e outras pessoas que possam ter visto ou ouvido algo relacionado ao crime.
Enquanto isso, a dor da família de Bruna continua sendo uma realidade difícil de lidar, e o mistério sobre o que aconteceu com ela ainda persiste.