Alvará de soltura para Oruam é expedido, e cantor terá que usar tornozeleira e está proibido de ir ao Alemão; Poze vai a Bangu

Liberdade e Consequências: O Retorno de Oruam à Sociedade

No final da tarde do dia 26 de setembro, O rapper Oruam, que ficou preso por dois meses, finalmente conseguiu a liberdade após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O retorno dele à sociedade foi acompanhado de perto por fãs e amigos, incluindo o também rapper MC Poze do Rodo, que chegou à penitenciária por volta das 15h50 para apoiar o amigo. A situação gerou bastante expectativa, lembrando um episódio anterior em que Poze havia sido libertado sob circunstâncias semelhantes, quando tumultos e até spray de pimenta foram utilizados pela polícia para controlar a multidão na porta do local.

O Caso de Oruam

Oruam, que estava encarcerado desde 22 de julho, foi indiciado por sete crimes, incluindo tráfico de drogas e tentativa de homicídio. Sua defesa, no entanto, conseguiu uma liminar que revogou a prisão preventiva, permitindo que ele respondesse em liberdade até o julgamento final do caso. Essa decisão, embora celebrada por muitos, veio com uma série de restrições que Oruam deve seguir.

Medidas Cautelares

A Justiça estabeleceu várias medidas cautelares para substituir a prisão. Entre as mais relevantes estão:

  • Comparecimento mensal em juízo;
  • Manutenção de residência fixa e atualizações de contato;
  • Proibição de acesso a áreas consideradas de risco;
  • Proibição de contato com outros acusados;
  • Recolhimento domiciliar noturno;
  • Uso de tornozeleira eletrônica.

Essas medidas visam garantir que Oruam não se envolva em novas infrações enquanto responde ao processo, trazendo à tona a complexidade da situação em que se encontra. Ele é filho de Márcio Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, um dos líderes do tráfico no Rio de Janeiro, o que adiciona uma camada de dificuldade à sua trajetória.

O Contexto do Conflito

O rapper se apresentou à polícia após ter sua prisão decretada em decorrência de um confronto com policiais que ocorreu em 21 de julho. Nesse episódio, Oruam teria tentado impedir a apreensão de um menor procurado por tráfico e, durante a abordagem, acabou se envolvendo em uma série de ações que resultaram em sua indiciamento por vários crimes. A polícia alegou que ele atirou pedras contra os oficiais, complicando ainda mais sua situação.

A Reação do Ministro

Na decisão liminar, o ministro relator Joel Ilan Paciornik destacou que a prisão preventiva era baseada em fundamentos genéricos e que não havia provas concretas para justificar a detenção de Oruam. Ele argumentou que a quantidade de drogas apreendidas não era significativa o suficiente para determinar a necessidade de prisão cautelar, especialmente considerando os antecedentes do rapper e sua entrega voluntária à polícia.

Reflexões e Desafios Futuros

Com a liberdade, Oruam agora enfrenta o desafio de reconstruir sua vida e imagem. Em sua última declaração ao se entregar à polícia, ele expressou seu desejo de dar a volta por cima, afirmando que estava “com Deus e tranquilo”. Essa frase ressoou entre seus fãs, que esperam que ele use essa oportunidade para se afastar de problemas e focar em sua carreira musical.

Apoio dos Fãs

O apoio dos fãs durante esse período foi crucial. Muitos deles se mobilizaram nas redes sociais, mostrando solidariedade e esperança pela libertação de Oruam. Esse suporte pode ser um fator importante para sua reintegração à sociedade e para o seu retorno ao cenário musical.

Conclusão

A história de Oruam é um lembrete das complexidades que envolvem a vida de muitos artistas no Brasil, especialmente aqueles que vêm de contextos difíceis. O rapper agora tem a chance de provar sua inocência e seguir adiante, mas isso exigirá não apenas força e resiliência, mas também um compromisso genuíno em se afastar de qualquer atividade que possa levá-lo de volta ao mundo do crime. Resta aos fãs e à sociedade acompanhar sua jornada e torcer por um final positivo.



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