Aproximação de Lula e Trump não garante fim do tarifaço, diz Eurasia

A Nova Esperança nas Relações Brasil-EUA: O Que Esperar Após a Videoconferência entre Lula e Trump?

No dia 6 de novembro, aconteceu algo que pode marcar um novo capítulo nas relações entre Brasil e Estados Unidos. Uma videoconferência entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente americano Donald Trump foi considerada um ‘sinal construtivo’, abrindo portas para discussões sobre um possível acordo tarifário que, até então, parecia distante.

O Que Significa Este Contato?

Christopher Garman, que é o diretor-executivo para as Américas do grupo Eurasia, avaliou que esse contato bilateral indica que a administração de Trump está reconsiderando sua abordagem em relação ao Brasil. Em suas palavras, ambos os líderes saíram da reunião com declarações positivas e até firmaram a intenção de se encontrar presencialmente no futuro. Isso demonstra uma mudança na dinâmica que pode beneficiar os dois países, especialmente em tempos de incerteza econômica.

Desafios à Vista

Ainda assim, Garman alerta que a relação entre os países não é simples. Ele menciona que a herança do ex-presidente Jair Bolsonaro e a regulação das plataformas digitais ainda pesam nas conversas. Essa “contaminação” do passado, como ele descreve, pode dificultar qualquer avanço significativo em acordos mais amplos.

É interessante notar que, embora um acordo preliminar sobre tarifas possa surgir, Garman é cético quanto a sua probabilidade. Ele menciona que, devido à natureza instintiva de Trump, surpresas podem ocorrer, mas ainda é cedo para afirmar que um acordo será alcançado. Essa incerteza é um reflexo das complexidades das relações internacionais, onde um pequeno deslize pode alterar todo o cenário.

O Papel do Secretário de Estado

Outro ponto importante que Garman destaca é o perfil do atual secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Ele possui uma visão política que tende a ser mais anti-esquerda em relação à América Latina. Isso pode ser um obstáculo nas negociações, pois a abordagem política de Rubio pode não ser a mais adequada para a construção de um entendimento mútuo entre Brasil e EUA.

Garman sugere que, devido a esse perfil, Rubio não é exatamente o interlocutor ideal para tratar de um acordo que beneficie ambos os países. Essa avaliação traz à tona a importância de quem está à frente das negociações e como isso pode influenciar o resultado das conversas.

A Expectativa de um Encontro Presencial

Apesar de todos os desafios mencionados, Garman mantém uma visão otimista sobre a possibilidade de um encontro presencial entre Lula e Trump. Contudo, ele enfatiza que é mais provável que esse encontro não resulte em um acordo abrangente que reduza tarifas. Essa expectativa é um reflexo da complexidade das relações comerciais e da necessidade de um entendimento mais profundo entre os dois países.

Uma Luz no Fim do Túnel?

Para finalizar sua análise, Garman deixa uma mensagem de esperança. Ele acredita que, apesar dos desafios que ainda existem, a chance de um desdobramento positivo nas relações entre Brasil e Estados Unidos aumentou em comparação a um mês atrás. Essa mudança de clima pode abrir novas oportunidades, tanto para o comércio quanto para a diplomacia entre as nações.

Portanto, a videoconferência entre Lula e Trump pode ser vista como um primeiro passo em direção a um futuro mais promissor para as relações bilaterais. Enquanto os líderes se preparam para um encontro presencial, muitos se perguntam: será que finalmente poderemos ver um avanço nas tarifas e nas relações comerciais?



Recomendamos