Abaixo-assinado a Lula por mulheres no STF já passa de 25 mil assinaturas

Movimento Feminino pede Representatividade no STF

Uma carta aberta criada por um movimento de mulheres no Brasil está ganhando atenção e apoio. Em menos de dois dias, já conta com mais de 25 mil assinaturas, um número que mostra a força e a urgência do desejo por mudanças. Destinada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a carta clama para que a próxima indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) seja de uma mulher, preenchendo a vaga deixada por Luís Roberto Barroso.

O Pedido

Intitulada “Carta Aberta ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva”, o documento enfatiza que a vaga deve ser ocupada por uma mulher com uma trajetória jurídica sólida e um compromisso inabalável com a Constituição e a democracia. A carta também reflete sobre o papel do STF na sociedade, afirmando que, embora seja o guardião da Constituição, a composição atual do tribunal não representa a sociedade brasileira.

Histórico de Sub-representação

Com mais de 130 anos de história, o STF teve apenas três mulheres entre seus 172 magistrados: Ellen Gracie, Rosa Weber e Cármen Lúcia. Ellen foi indicada em 2000 e aposentou-se em 2011, Rosa Weber foi nomeada em 2011 e se aposentou em 2023, enquanto Cármen Lúcia, atual ministra, foi escolhida por Lula em 2006. Essa sub-representação é uma questão crítica, considerando que as mulheres são a maioria da população brasileira e desempenham papéis essenciais em diversas áreas, como na magistratura e na advocacia.

Um Apelo por Justiça e Representatividade

A carta ressalta que a nomeação de uma mulher para o STF não deve ser vista apenas como um símbolo de representatividade, mas como uma questão de justiça institucional e fortalecimento da democracia. A luta por espaço e voz é evidente, e a nova vacância representa uma oportunidade única para corrigir essa assimetria histórica.

A Voz das Celebridades

Recentemente, a famosa cantora Anitta também se manifestou a respeito do tema nas redes sociais, afirmando que existem mulheres altamente qualificadas para ocupar o cargo e que a maioria da população é feminina. O apoio dela e de outras celebridades ao movimento mostra a relevância e a necessidade desse debate, que vai além das questões jurídicas, mas toca em aspectos sociais e culturais.

Início do Movimento

O movimento teve início no último domingo, liderado por um grupo de mulheres preocupadas com a falta de diversidade de gênero e raça no Supremo. A advogada Marina Coelho, uma das fundadoras, comentou sobre a importância de refletir sobre a representatividade dentro do STF. A iniciativa rapidamente ganhou força, atraindo assinaturas e atenção da mídia, destacando que essa é uma questão que envolve todos os cidadãos brasileiros.

Reflexão Final

Como a sociedade avança, é crucial que o STF também se atualize e represente de forma mais equitativa todos os segmentos da população. A luta por igualdade de gênero nas esferas de poder é uma batalha contínua, e essa carta é um passo importante nessa direção. O apelo é claro: é hora de dar espaço para novas vozes e garantir que todos os brasileiros, independentemente de gênero, tenham representação nas decisões que moldam o país.