DJ Alok: Um Líder Global na Luta pelo Clima e Cultura Indígena
Recentemente, o renomado DJ Alok, que tem 34 anos, foi homenageado pela revista Time ao ser incluído na lista dos cem líderes mundiais que têm se destacado em ações voltadas para a proteção do clima. Essa escolha, divulgada no dia 30 de novembro, é um reflexo do seu envolvimento significativo com os povos indígenas do Brasil através do projeto intitulado O Futuro É Ancestral.
Um Caminho de Transformação Pessoal
O que começou como uma busca pessoal de cura em 2014, durante um dos períodos mais desafiadores de sua vida, se transformou em uma jornada colaborativa que não apenas deu voz a representantes da Amazônia, mas também levou suas mensagens a palcos de relevância internacional, como as Nações Unidas e o Grammy Latino. A Time destacou essa trajetória, enfatizando como Alok conseguiu integrar a música e a conscientização ambiental de forma única.
Colaboração com a ONU e Projetos de Conservação
Ainda segundo a revista, Alok também está envolvido com um projeto musical da ONU, chamado Nature, que tem como objetivo direcionar os royalties de músicas que incorporam sons da natureza para iniciativas de conservação ambiental. Essa ligação com a natureza e o compromisso com a sustentabilidade são aspectos que marcam sua carreira e sua vida pessoal.
“Toda a renda e os direitos autorais de O Futuro É Ancestral foram totalmente destinados às comunidades que participaram do projeto. Após essa colaboração, muitos dos indígenas envolvidos tomaram posições ativas na política brasileira, como Sônia Guajajara, a primeira ministra indígena do Brasil,” afirmou a revista, ressaltando o impacto social da iniciativa.
Reconhecimento Internacional e Outros Brasileiros na Lista
Além de Alok, a Time também mencionou outros brasileiros notáveis em sua lista, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e a pesquisadora da Embrapa, Mariangela Hungria. Isso mostra como o Brasil está se destacando em várias frentes no cenário global, especialmente quando se trata de questões ambientais e sociais.
O Projeto: O Futuro É Ancestral
O Futuro É Ancestral é uma contribuição significativa do Instituto Alok, uma entidade que apoia diversas iniciativas voltadas para assistência social, promoção cultural e proteção do meio ambiente, em colaboração com a Unesco. O projeto conta com a participação de mais de 50 músicos indígenas, resultando em nove faixas que misturam elementos da música tradicional com ritmos contemporâneos, como pop, hip hop e música eletrônica.
Indicações e Reconhecimento Musical
Uma das músicas mais notáveis do projeto, intitulada Pedju Kunumigwe, que foi feita em colaboração com a etnia Guarani Nhandewa, rendeu a Alok uma indicação ao Grammy Latino de 2024 na categoria de Melhor Performance de Música Eletrônica. Embora ele não tenha levado o prêmio, a indicação em si já é um grande reconhecimento do seu trabalho inovador.
Uma Mensagem de Esperança e Valorização Cultural
O projeto inclui a participação de diversas etnias, como Huni Kuin, Yawanawa, Kariri Xocó, Guarani Mbyá, Xakriabá, Guarani-Kaiowá, Kaingang e Guarani Nhandewa. A capa do álbum é uma obra do artista contemporâneo Denilson Baniwa, que utiliza sua arte para abordar questões de direitos dos povos originários e a valorização das culturas indígenas.
Se você quiser ouvir o álbum completo e se aprofundar nessa experiência única, pode acessá-lo no Spotify.
Conclusão
O trabalho de Alok não só promove a música, mas também a conscientização sobre questões ambientais e sociais que são cruciais para o nosso tempo. Ele não é apenas um DJ, mas um verdadeiro embaixador da cultura e da sustentabilidade, mostrando que a arte pode ser uma poderosa ferramenta para a mudança.