“A música é a arte da nossa cultura”, diz cantor Pinduca à CNN

Pinduca e a Cultura Paraense: Reflexões Durante a COP30

O renomado cantor Pinduca, conhecido carinhosamente como o “rei do carimbó”, teve a oportunidade de discutir a rica cultura do Pará durante a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas que ocorre em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro. Em uma entrevista ao programa CNN Novo Dia, ele relembrou os desafios que enfrentou no início de sua trajetória musical e celebrou o reconhecimento que o gênero carimbó finalmente está recebendo.

Desafios no Início da Carreira

Pinduca não hesitou em falar sobre as dificuldades que enfrentou quando começou sua carreira musical. Com sinceridade, ele revelou: “Eu levei vaia e me jogavam água na cara porque eu cantava carimbó. Eu era proibido de cantar.” Essa declaração mostra o quanto ele lutou para representar a música de sua terra natal em meio a um ambiente que muitas vezes não valorizava o que é autêntico. Para ele, a música é uma forma de arte que transcende fronteiras e que deve ser respeitada, especialmente no contexto da cultura amazônica.

A Importância do Carimbó e da Lambada

Pinduca destacou a relevância do carimbó e da lambada como expressões culturais da região. Ele acredita que todos os cantores do Pará têm a responsabilidade de preservar e promover esses estilos musicais. “A música é arte da nossa cultura”, afirmou com convicção. Essa valorização do carimbó não é apenas uma questão de orgulho, mas também uma forma de conectar gerações. Muitos jovens estão começando a se interessar por esses ritmos tradicionais, o que é um sinal positivo para a cultura local.

Entre as canções mais queridas do público, duas se destacam: “Sinha Pureza” e “Marcha do Vestibular”. A primeira é uma canção que evoca a beleza e a simplicidade da vida, enquanto a segunda se transformou em um verdadeiro hino para os estudantes que superam as dificuldades do vestibular, sendo cantada em celebrações acadêmicas em todo o estado. Essa conexão entre a música e a vida dos paraenses é um testemunho do poder que a arte tem de unir as pessoas.

A Receptividade da Cultura Amazônica

Em sua entrevista, Pinduca também abordou a receptividade que a cultura amazônica recebe, especialmente através da música. Ele acredita que eventos como a COP30 são essenciais para trazer visibilidade à cultura local, permitindo que mais pessoas conheçam e apreciem as riquezas da região. A música, segundo ele, é uma das melhores formas de comunicar as histórias e tradições do povo amazônico.

Uma Celebração de Identidade

O cantor não apenas falou sobre os desafios do passado, mas também sobre a celebração da identidade paraense. Ele enfatizou que o reconhecimento do carimbó e da lambada é fundamental para fortalecer a cultura local e para que as novas gerações valorizem suas raízes. Com a COP30 em Belém, ele vê uma grande oportunidade para que a cultura amazônica ganhe destaque e para que mais pessoas entendam a importância de preservar a biodiversidade e as tradições locais.

Considerações Finais

Pinduca, com sua trajetória e suas músicas, é um verdadeiro embaixador da cultura paraense. A luta dele para que o carimbó ganhe o lugar que merece na cena musical é inspiradora. Ele é um exemplo de como a música pode ser uma ferramenta poderosa para a mudança social e para a valorização da identidade cultural.

Em tempos em que a cultura e a biodiversidade estão sob ameaça, é fundamental que continuemos a apoiar artistas que se dedicam a promover e preservar nossas tradições. Assim, ao ouvirmos as canções de Pinduca, estamos não apenas celebrando a música, mas também a rica herança cultural do Pará.



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