Amigas param para ajudar ciclista atropelada e são atingidas por carro de policial militar em Curitiba

Tragédia na BR-277: Amigas Tentam Socorrer Ciclista e Sofrem Acidente Fatal

Na madrugada de sábado, dia 1, um incidente trágico ocorreu na BR-277, em Curitiba, que deixou a cidade em choque. Por volta do km 83, duas amigas, Giulia Rainele da Silva e Joyce Soares Rodrigues, se depararam com uma cena angustiante: uma ciclista, Cleonice Vitoriano, de 53 anos, havia sido atropelada por um motorista que fugiu sem prestar socorro. Em um ato de solidariedade e coragem, Giulia e Joyce decidiram parar seu veículo e chamar ajuda.

Assim que acionaram os serviços de emergência, a polícia chegou rapidamente ao local, realizando o isolamento e a sinalização da área para evitar mais acidentes. Entretanto, enquanto o atendimento médico à ciclista era realizado, outra tragédia se desenrolou. Um veículo, que não respeitou a sinalização de segurança, colidiu com as duas amigas, resultando em consequências devastadoras.

O Acidente e Seus Efeitos

Segundo relato de Paulo Roberto Costa de Oliveira, marido de Giulia, a situação foi extremamente grave. Ele contou que sua esposa foi arrastada por cerca de 15 metros após o impacto. “A polícia chegou bem rápido, eles isolaram a pista, com giroflex ligado, cone, encostou uma moto da polícia com luzes, estava tudo sinalizado. Veio um rapaz em alta velocidade, bateu na viatura, que prensou a primeira vítima – ficou com a roda em cima da cintura dela – e ele pegou a minha esposa e a minha comadre no guard rail”, detalhou Paulo, visivelmente abalado.

A situação se complicou ainda mais quando se descobriu que o motorista que causou o segundo acidente era um tenente da Polícia Militar, que estava de folga no momento. O Boletim de Ocorrência (B.O) registrou que ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi levado a um hospital, sendo liberado logo em seguida.

Consequências Legais e Investigações

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) se envolveu nas investigações e informou que o tenente foi multado em R$ 2.900 por se recusar a realizar o teste de embriaguez, além de ter o direito de dirigir suspenso por um ano. Curiosamente, sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) era provisória, tendo sido obtida em maio. A PRF também ressaltou que não foram encontrados sinais suficientes para enquadrá-lo no artigo de embriaguez ao volante, o que resultou na não prisão do motorista.

Enquanto isso, a ciclista Cleonice Vitoriano ainda não teve o motorista que a atropelou identificado, e a Polícia Civil está a par do caso, conduzindo investigações para apurar todos os detalhes do ocorrido. A Polícia Militar, por sua vez, anunciou que iniciará um procedimento administrativo para investigar a conduta do tenente.

Reflexões sobre Segurança e Responsabilidade

Este triste episódio levanta questões importantes sobre segurança nas estradas e a responsabilidade dos motoristas. É fundamental que todos os motoristas respeitem as sinalizações de trânsito, especialmente em situações de emergência, onde a vida de pessoas pode estar em risco. A negligência e a imprudência podem ter consequências fatais, como demonstrado neste trágico caso.

Além disso, a recusa em realizar testes de embriaguez deve ser tratada com seriedade, pois pode indicar um padrão de comportamento irresponsável. A sociedade precisa discutir e repensar as leis relacionadas à condução e a penalização de motoristas que colocam vidas em risco.

Em meio a essa tragédia, é essencial lembrar da coragem e da bondade de Giulia e Joyce, que, em um momento de desespero, decidiram ajudar alguém em necessidade. Que suas ações sirvam de exemplo para todos nós.

Chamada à Ação

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