Câmara aprova pena maior para crimes contra animais silvestres

Mudanças Importantes nas Leis de Proteção aos Animais Silvestres

Nesta quarta-feira, dia 5, a Câmara dos Deputados deu um passo significativo na proteção dos animais silvestres. Um projeto de lei que visa aumentar as penas e definir novas infrações para crimes contra a fauna foi aprovado. Essa iniciativa é um reflexo da crescente preocupação com a preservação das espécies e o combate às práticas ilegais que ameaçam a biodiversidade do Brasil.

Novas Penas para Crimes Contra Animais Silvestres

Com a nova legislação, as punições para quem matar, perseguir ou capturar animais silvestres, sejam eles nativos ou em migração, agora variam de dois a cinco anos de reclusão. Antes, a pena era muito mais branda, com detenção que ia de seis meses a um ano. Além disso, a proposta mantém a previsão de multas, que também são uma ferramenta importante de dissuasão.

Infrações Adicionais e Penalidades

Outra inovação importante do projeto é a criação de novas infrações. Agora, quem vender, expor, importar, manter em cativeiro ou transportar ovos, larvas ou espécimes da fauna exótica ou silvestre, sem a devida autorização, pode enfrentar penas semelhantes, de dois a cinco anos, além de multas. Isso reflete uma preocupação crescente com a proteção de espécies ameaçadas e a necessidade de controle sobre o comércio ilegal de animais.

Penas Agressivas para Crimes Mais Graves

O projeto também prevê que, em casos mais graves, onde estejam envolvidos animais raros ou ameaçados de extinção, as penas podem ser ampliadas para três a oito anos. Isso é particularmente relevante considerando que muitos animais silvestres estão em risco devido à ação humana. Além disso, se a situação envolver violência, uso de armas ou maus-tratos, as sanções se tornam ainda mais severas.

Exportação de Pelos e Couros: Novas Regras

Outro ponto crucial da proposta é a reclusão de dois a cinco anos para a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis sem a autorização de órgãos ambientais. Esta mudança é uma resposta à necessidade de regulamentar práticas que, até então, eram negligenciadas e que contribuíam para a extinção de várias espécies.

Abuso e Maus-Tratos: Penas Elevadas

O projeto também aumenta a pena para quem cometer abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres. Agora, a pena estipulada vai de dois a cinco anos, além da multa e a proibição de guarda, especialmente se o crime envolver animais como cavalos e burros. Essa medida é essencial para coibir práticas cruéis e garantir que os direitos dos animais sejam respeitados.

Exceções e Considerações Finais

Vale ressaltar que as novas tipificações e os aumentos de pena não se aplicam a casos de manejo e controle da fauna exótica invasora, que já são previstos em lei. Além disso, práticas culturalmente referenciadas estão ressalvadas. Durante a votação, a bancada do agronegócio sugeriu que as penas para crimes de maus-tratos não se apliquem a procedimentos regulamentados pela autoridade agropecuária, o que gerou debates acalorados entre os deputados.

Pauta Ambiental e Projetos em Análise

Além desse projeto, outras propostas defendidas pela Frente Parlamentar Ambientalista foram aprovadas. Entre elas, estão iniciativas importantes como a instituição do Programa Nacional de Infraestruturas Sustentáveis e Resilientes, que cria um selo de sustentabilidade para empreendimentos. Outra proposta relevante é a que prevê educação para reação a desastres climáticos.

Reflexão Final

A aprovação desse projeto é um sinal claro de que a proteção ao meio ambiente e aos direitos dos animais está ganhando espaço nas pautas legislativas do Brasil. É fundamental que a sociedade continue atenta e engajada, pressionando por leis que garantam a preservação da biodiversidade e a punição adequada para aqueles que cometem crimes contra a fauna. Afinal, a proteção dos animais silvestres é, antes de tudo, uma questão de respeito e responsabilidade com o nosso planeta.



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