Entenda por que EUA estão aumentando presença militar perto da Venezuela

A Nova Era Militar dos EUA no Caribe: O que Está Acontecendo na Antiga Base Naval?

Recentemente, uma investigação da Reuters trouxe à tona uma informação que pode mudar o cenário geopolítico da região do Caribe. O exército dos Estados Unidos está, de fato, revitalizando uma antiga base naval que ficou abandonada desde a Guerra Fria. Essa base, conhecida como Roosevelt Roads, localizada em Porto Rico, foi fechada pela Marinha americana há mais de duas décadas, mas agora parece estar sendo preparada para um novo propósito. Essa movimentação sugere que os EUA estão se preparando para operações que podem, potencialmente, se estender até a Venezuela.

Atividades Recentes na Base Roosevelt Roads

De acordo com as informações coletadas, as atividades de construção começaram a ser observadas no dia 17 de setembro. Imagens da Reuters mostram que equipes estavam ativamente envolvidas em limpar e repavimentar os caminhos que levam à pista de pouso da base. Para quem não sabe, Roosevelt Roads já foi uma das maiores estações navais dos EUA em todo o mundo, ocupando uma posição estratégica que agora está sendo reavaliada. A base oferece vasto espaço não apenas para operações militares, mas também para o armazenamento de equipamentos de coleta, o que levanta questões sobre os planos dos EUA na região.

Preparações para Operações na Venezuela

Além das melhorias na base, os Estados Unidos estão ampliando suas instalações em aeroportos civis em Porto Rico e também nas Ilhas Virgens Americanas. Ambas as localizações estão a aproximadamente 800 quilômetros da costa venezuelana. Essa proximidade, aliada ao aumento das atividades de construção, tem gerado especulações entre especialistas e oficiais militares. Conversas com três oficiais dos EUA e especialistas em assuntos marítimos indicam que essa nova construção pode ser um indicativo de que as forças americanas estão se preparando para ações dentro da Venezuela, um país que tem sido alvo de críticas recorrentes por parte do governo dos Estados Unidos.

A Tensão com o Governo Venezuelano

A situação se torna ainda mais complexa quando consideramos a postura do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que frequentemente acusa os EUA de tentativas de derrubá-lo. A retórica de Maduro, que se intensificou nos últimos anos, reflete a desconfiança que existe entre os dois países. Ele afirma que as ações dos EUA são uma tentativa de interferir em assuntos internos da Venezuela, algo que ele não está disposto a permitir.

Comparações Históricas e Aumento de Atividades Militares

O que estamos vendo agora é um aumento significativo nas atividades militares dos EUA na região, algo que não acontecia desde 1994. Naquele ano, os EUA enviaram um grande contingente de tropas e navios para o Haiti em uma operação conhecida como ‘Operação Uphold Democracy’. Desde o início de setembro, os EUA já realizaram pelo menos 14 operações de ataque contra supostos navios de tráfico de drogas no Caribe e no Oceano Pacífico, resultando na morte de 61 pessoas. Essa escalada de operações aumentou as tensões não apenas com a Venezuela, mas também com a Colômbia.

Reações da Casa Branca

Quando questionada sobre a expansão militar na região, a Casa Branca, através de porta-vozes, afirmou que o presidente Donald Trump prometeu em sua campanha eleitoral que enfrentaria os cartéis de drogas que operam na área. Assim, o desenvolvimento militar dos EUA no Caribe começou em agosto, com a chegada de navios de guerra, submarinos nucleares, caças e aviões de reconhecimento. O grupo de ataque do porta-aviões Ford, que conta com cerca de 10.000 soldados e uma vasta gama de aeronaves e sistemas de armas, está atualmente em rota para a região.

Conclusão: O Que Esperar do Futuro?

Com as novas informações que surgem a cada dia, fica difícil prever qual será o desfecho dessa situação. A movimentação militar dos EUA na região está se intensificando, e as operações dentro da Venezuela parecem cada vez mais iminentes. A construção na base Roosevelt Roads e a presença de navios de guerra reforçam a ideia de que os EUA estão se preparando para um cenário que pode se desdobrar em conflitos. Embora o futuro seja incerto, o que é evidente é que a tensão na região está aumentando e será interessante observar como isso se desenrolará nos próximos meses.



Recomendamos