Professora de Virginia, musa da Grande Rio tem corrida de aplicativo cancelada por causa do traje

Luciene Santtinha e a polêmica do traje: Reflexões sobre preconceito e respeito

A sambista Luciene Santtinha, muito conhecida no cenário do carnaval carioca, compartilhou com seus seguidores uma experiência que levantou questões importantes sobre respeito e preconceito. Recentemente, ao deixar um evento na quadra da Portela, ela chamou um carro de aplicativo para voltar para casa, mas o motorista se recusou a transportá-la devido ao traje que usava. Essa situação gerou debates nas redes sociais e fez com que muitos refletissem sobre o que realmente significa o respeito à individualidade e à escolha de cada um.

O traje carnavalesco e a reação do motorista

No momento em que Luciene chamou o carro, ela estava vestida com um figurino típico do carnaval, recheado de glitter e pedras brilhantes. O visual, que exaltava a cultura e a festa, deixou suas pernas à mostra e foi completado por uma sandália de salto alto vermelha. Essa escolha de vestuário, que para muitos pode ser vista como uma expressão de arte e cultura, foi o motivo principal para que o motorista se negasse a realizar a corrida. “Desse jeito você não vai entrar no meu carro”, foi a frase que marcou o início dessa polêmica.

Repercussão nas redes sociais

Luciene, ao perceber a situação constrangedora, decidiu filmar o momento e compartilhar com seus seguidores. O vídeo rapidamente se espalhou, gerando diversas reações. Ao ouvir do motorista que ele ia cancelar a corrida, Luciene questionou se a razão era realmente a sua roupa. A resposta foi um simples “isso” do condutor, que deixou claro seu desconforto com a situação.

Após o ocorrido, já em casa, Luciene fez uma reflexão em suas redes sociais. Ela comentou que muitas vezes usa roupas semelhantes como parte do seu trabalho e que não deveria ser julgada por isso. “Não me envergonho de me vestir de musa, de me vestir de passista, porque a minha roupa não é um convite para ninguém. Também não vou chorar nem me entristecer”, afirmou ela, mostrando uma postura firme e de empoderamento.

Opiniões divergentes

A situação gerou uma onda de comentários variados nas redes sociais. Algumas pessoas se colocaram ao lado de Luciene, defendendo que a escolha de vestuário é uma expressão pessoal e não deveria ser motivo para discriminação. Uma usuária, identificada como Suellen, questionou se a recusa do motorista não estaria relacionada ao glitter que poderia sujar o carro. Já outra usuária, Naiara, defendeu o motorista, afirmando que o carro é dele e que ele tem o direito de decidir quem transporta.

Outra internauta, chamada Erica, trouxe uma reflexão interessante: “Não concordo com a atitude do cara! Mas se vamos entrar em um transporte que não é nosso, leva algo para colocar por cima da roupa”. Esse tipo de comentário mostra como a sociedade ainda é dividida em suas opiniões sobre o que é aceitável ou não, e como o respeito à individualidade pode ser desafiado.

Quem é Luciene Santtinha?

Por trás dessa polêmica, está uma mulher que vive e respira samba. Luciene começou sua trajetória no carnaval quando era apenas uma criança, em 1991. Desde então, passou por diversas fases, sendo passista mirim, musa das passistas e atualmente, musa da Grande Rio. Sua paixão pelo samba é evidente em suas postagens, onde ela sempre fala sobre o que essa cultura representa em sua vida.

Em suas palavras, Luciene destaca a importância de suas raízes: “Foi na minha comunidade, nas minhas raízes, que aprendi o valor da dignidade, do respeito e da disciplina”. Ela não apenas se orgulha de ser sambista, mas também luta para que sua arte seja respeitada e valorizada.

Conclusão

O episódio vivido por Luciene Santtinha é um lembrete de que ainda precisamos avançar como sociedade. O respeito às escolhas de cada um, independentemente de sua aparência, é fundamental para uma convivência harmoniosa. Que possamos aprender com situações como essa e sempre lutar por um mundo onde a diversidade seja celebrada e não criticada.



Recomendamos