Como o “cara dos drones” virou peça-chave no esforço dos EUA na Ucrânia

A Ascensão de Dan Driscoll: O Novo Jogador nas Negociações de Paz

Recentemente, a política internacional ganhou um novo protagonista: Dan Driscoll, o secretário do Exército dos EUA. Em uma situação inesperada, ele estava na Casa Branca, se preparando para uma viagem a Kiev, quando recebeu uma missão direta do presidente Donald Trump. O objetivo? Convencer a Ucrânia a retomar as negociações de paz com a Rússia, e fazer isso urgentemente.

Um Desafio Sem Precedentes

Driscoll, um veterano do Exército com 38 anos, não tinha uma experiência anterior em diplomacia. No entanto, sua ligação com o vice-presidente JD Vance e o seu conhecimento sobre a dinâmica militar entre os países o tornaram um candidato interessante para essa tarefa. “Uma conversa ‘de Exército para Exército’ pode ser promissora”, comentou uma fonte próxima às discussões. Os ucranianos, que já receberam treinamento e equipamentos das forças armadas norte-americanas há mais de uma década, têm uma certa confiança em oficiais do Exército dos EUA.

Um Novo Nome na Política Internacional

Trump, que parece ter uma predileção por figuras não convencionais em seu círculo, se refere a Driscoll como o “cara dos drones”, um apelido que surge devido ao seu extenso trabalho no desenvolvimento de tecnologias de drones. É interessante notar que Trump frequentemente busca a opinião de Driscoll sobre a Ucrânia sempre que ele está na Casa Branca, destacando a confiança que o presidente deposita em suas habilidades.

Após uma semana intensa de atividades diplomáticas em três países, Driscoll parece ter conseguido um avanço significativo. A Ucrânia concordou com os principais termos de um acordo de paz, que ele discutiu com o Secretário de Estado, Marco Rubio, durante um encontro em Genebra. Isso marca um progresso considerável, dado o contexto de tensão e hostilidade entre os dois países.

Uma Abordagem Inovadora

O envolvimento de Driscoll ilustra a abordagem não convencional de Trump em crises internacionais. Em vez de confiar apenas em diplomatas de carreira, Trump tem atribuído papéis de liderança a indivíduos com os quais ele tem laços pessoais ou comerciais. O genro do presidente, Jared Kushner, é um exemplo disso, desempenhando um papel crucial nas negociações no Oriente Médio. Driscoll, assim, se junta a essa lista de figuras que estão moldando a política externa dos EUA.

A Dinâmica de Trabalho

Driscoll manteve uma comunicação constante com a Casa Branca durante todo o processo, com Trump emitindo diretrizes através de Vance e do enviado especial, Steve Witkoff. “Tudo aconteceu muito rápido, e a única maneira de isso ser possível é pela confiança extrema que eles têm um no outro”, disse uma fonte próxima, ressaltando a sinergia entre Driscoll, Vance e Witkoff.

Desafios à Frente

Embora a missão de Driscoll tenha trazido algum otimismo, os russos ainda não aprovaram o plano que foi significativamente alterado em relação à proposta original dos EUA, de 28 pontos. Essa proposta, inicialmente, parecia favorecer os interesses de Moscou, o que gera questionamentos sobre os próximos passos.

Estrela em Ascensão

Fontes da CNN destacam que a missão de Driscoll evidencia seu status elevado dentro do governo. A sua proximidade com a Casa Branca e com Vance, no entanto, já gerou tensões com o Secretário de Defesa, Pete Hegseth. Leslie Shedd, ex-conselheira sênior do Comitê de Relações Exteriores, comentou: “Driscoll se tornou uma estrela em ascensão no governo. Trump está convocando todos os seus principais nomes para ver quem consegue o melhor acordo.”

Rumores sobre o Futuro

Curiosamente, essa nova posição de Driscoll também levantou especulações sobre uma possível substituição de Hegseth como secretário de defesa, um tema que tem sido discutido nos bastidores do governo. A designação de Driscoll levou a uma situação de “tela dividida” com Hegseth, que, enquanto isso, estava focado em investigações e publicações em redes sociais.

Enquanto Driscoll se aventurava em questões delicadas de guerra e paz, Hegseth se ocupava de outros assuntos. O fato de Driscoll não ter experiência em diplomacia, especialmente com a Rússia, levanta questões sobre a eficácia de sua abordagem. O ex-embaixador dos EUA na Polônia, Daniel Fried, ressaltou a importância de ter alguém em quem Trump confia: “É necessário ter alguém que entenda os detalhes, porque os russos podem surpreender com várias artimanhas.”

Conclusão

Dan Driscoll, embora novo no campo da diplomacia, representa uma mudança significativa na abordagem dos EUA em relação às negociações internacionais. Sua capacidade de navegar em um cenário tão complexo e volátil pode determinar não apenas o futuro da Ucrânia e da Rússia, mas também a sua própria trajetória dentro da administração Trump.



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