Empresa do ramo de combustível é alvo de megaoperação por fraude bilionária

Megaoperação do MPSP Revela Fraudes Bilionárias no Setor de Combustíveis

Nesta quinta-feira, dia 27, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) lançou uma operação de grande escala chamada Operação Poço de Lobato, visando desmantelar o Grupo Refit, uma empresa que, segundo as investigações, causou um rombo de impressionantes R$ 26 bilhões aos cofres públicos. Este escândalo não apenas levanta questionamentos sobre a ética no setor de combustíveis, mas também expõe a fragilidade do sistema tributário brasileiro.

O Contexto da Operação

A Operação Poço de Lobato se torna um marco no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, atingindo 190 pessoas e empresas ligadas ao Grupo Refit. Os envolvidos estão sob suspeita de integrar uma organização criminosa e de cometer uma série de crimes que vão desde a lavagem de dinheiro até infrações contra a ordem econômica e tributária. O MPSP classifica o Refit como um dos maiores devedores de ICMS do Estado de São Paulo e um dos principais devedores de impostos a nível federal. Com sede no estado do Rio de Janeiro, a empresa tem atuação em quase todo o Brasil, o que agrava ainda mais a situação.

Detalhes da Megaoperação

A operação conta com a participação de mais de 621 agentes de segurança pública que estão cumprindo 126 mandados de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal, incluindo locais como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Maranhão. Essa ação é o resultado de uma investigação que faz parte do CIRA-SP (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos), em colaboração com a Receita Federal e a Procuradoria da Fazenda Nacional, com o intuito de apurar a existência de uma organização criminosa que, por meio de fraudes fiscais, tem prejudicado gravemente o Estado.

Impacto das Fraudes

De acordo com informações da CNN Brasil, as fraudes perpetradas pelo Grupo Refit resultaram em um prejuízo de mais de R$ 9 bilhões apenas para o Estado de São Paulo, entre os anos de 2007 e 2024. Além disso, a Receita Federal revelou que a organização mantém conexões financeiras com entidades ligadas à Operação Carbono Oculto, que ocorreu em agosto de 2025. A complexidade da trama financeira é alarmante, já que o grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em um único ano, utilizando uma rede de empresas, fundos de investimento e offshores para ocultar lucros e evitar a fiscalização.

Estratégias de Ocultação

As investigações indicam que o Grupo Refit utilizou diversas empresas como “laranjas” para se esquivar das responsabilidades fiscais e evitar o pagamento de ICMS. A Secretaria da Fazenda do Estado identificou várias ações fraudulentas, incluindo a simulação de operações interestaduais de combustíveis. Mesmo com a implementação de Regimes Especiais de Ofício, o grupo continuou a ignorar suas obrigações fiscais, criando novas estratégias para burlar a lei e ferir a livre concorrência.

Consequências Legais

Além dos mandados de busca e apreensão, a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo solicitou o bloqueio de R$ 8,9 bilhões contra todos os membros do grupo investigado. Simultaneamente, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional tomou providências na Justiça Federal para garantir a indisponibilidade de R$ 1,2 bilhão pertencente à mesma organização. Essas ações visam não apenas recuperar os valores desviados, mas também desmantelar a estrutura criminosa que se formou ao redor do Grupo Refit.

Reflexões Finais

Essa operação do MPSP é um exemplo claro de como as instituições estão se mobilizando para combater a corrupção e a evasão fiscal no Brasil. É essencial que a população esteja ciente das implicações dessas ações, pois a recuperação de valores e a responsabilização dos culpados não apenas fortalecem a economia, mas também promovem a justiça social. Acredito que este tipo de investigação deve ser incentivada e apoiada para que possamos construir um país mais justo e transparente.



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