Adriane Galisteu Revive sua História com Ayrton Senna em Documentário Emocionante
A apresentadora Adriane Galisteu, que tem 52 anos, recentemente decidiu revisitar um capítulo muito importante da sua vida através do documentário “Meu Ayrton, por Adriane Galisteu“. O filme, disponível na HBO Max, traz à tona o relacionamento dela com o lendário piloto Ayrton Senna, que teve uma duração de aproximadamente um ano e meio, até a trágica morte do piloto em 1º de maio de 1994. Ele faleceu em um acidente no Grande Prêmio de San Marino, realizado no circuito de Ímola, na Itália.
Durante uma entrevista para o podcast Pod Falar, apresentado por Tati Pilão, Galisteu explicou que sua motivação para fazer o documentário foi a de mostrar um Ayrton Senna que vai além da imagem de ídolo global que todos conhecem. “O Ayrton como ser humano, como coração, ele era tão herói quanto, só que sem capacete”, disse ela. Essa frase resume bem o que ela busca transmitir no documentário: um Ayrton diferente, mais acessível e humano.
O Lado Humano de Senna
Galisteu destacou que poucas pessoas tiveram a oportunidade de conhecer o lado mais íntimo de Senna, que era bastante tímido e reservado. Para ela, o piloto tinha uma “carapaça” que o separava do mundo exterior. “O Beco tinha um coração enorme, ele era um cara diferente, simples, de hábito simples, muito diferente desse glamour todo da vida da Fórmula 1”, comentou, referindo-se a Ayrton de uma maneira carinhosa.
Ela ainda lembrou como o piloto se apaixonou por uma jovem como ela, que não tinha muito a oferecer além de espontaneidade e autenticidade. “Ele via alguma coisa ali. Eu acho que isso, faltava na vida dele, pessoas que estivessem perto dele e que não colocassem o Senna na frente”, revelou Galisteu. Essa percepção trouxe à tona a simplicidade de Senna, que buscava conexões verdadeiras em meio à vida repleta de glamour e pressão da Fórmula 1.
A Importância de Compartilhar sua História
Adriane também refletiu sobre a importância de compartilhar sua experiência, assim como várias outras narrativas que surgiram ao longo dos anos sobre Senna. “Vi, acompanhei, li livros, documentários, filmes. Acho tudo válido e também acho que todo mundo que conheceu ele tem uma versão diferente para contar”, enfatizou, mostrando que cada relato tem seu valor e importância.
Reflexões Sobre o Acidente Fatal
Ao relembrar o trágico fim de semana do acidente que tirou a vida de Senna, Galisteu expressou sua crença de que a corrida não deveria ter acontecido. “Já tinha morrido uma pessoa antes, o [automobilista austríaco] Ratzenberger. O Rubinho [Barrichello] tinha batido feio. Era um final de semana atípico que não era para ter acontecido”, afirmou. Para ela, havia uma intuição de que algo estava errado, mas a realidade se mostrou muito mais dura do que qualquer um poderia imaginar.
Ela recordou sua reação ao ver a batida na curva Tamburello, como inicialmente não acreditou que fosse grave. “Falei: ‘[a corrida] acabou antes do que eu esperava, ainda bem, graças a Deus’. Agora, com a morte dele, um cara que morre cheio de vida, ele deixa para mim um ensinamento de ânsia de viver”, disse Galisteu, refletindo sobre como essa tragédia a impactou profundamente.
Realizando Sonhos em Memória de Senna
Adriane também revelou que Senna tinha sonhos pessoais que nunca foram realizados, como visitar a Disney ou ter filhos. “Ele é um cara que queria ir para a Disney, morreu sem ir. Ele queria ter um filho, morreu sem ter. Até onde a gente sabe, né?”, lamentou. Essa reflexão fez com que Galisteu tomasse uma decisão importante em sua vida: ela decidiu que passaria a realizar seus próprios sonhos, inspirada pela vida e pela morte de Senna. “Eu sou uma mulher que realiza. Eu não fico esperando”, afirmou com determinação.
A mensagem que Galisteu deixa é clara: não devemos esperar pela hora certa, pois ela pode nunca chegar. “Ou você realiza… Ou você vai estar sempre esperando uma coisa e nunca vai chegar a essa hora”, concluiu, mostrando que a vida é preciosa e deve ser vivida plenamente.