Belém reconhece Festival Psica como Patrimônio Cultural Imaterial

Festival Psica: Patrimônio Cultural e a Celebração da Criatividade Amazônica

A última quarta-feira, dia 3, foi um marco importante para a cultura de Belém do Pará. A Câmara Municipal aprovou por unanimidade o projeto de lei que reconhece o Festival Psica como Patrimônio Cultural Imaterial do Município. Esta conquista agora aguarda a sanção do prefeito Igor Normando, o que representa uma validação significativa da importância cultural do festival.

Um Ano de Transformações

Esse reconhecimento vem em um ano muito especial para o festival, que, além de se tornar um instituto, inaugurou sua sede permanente, conhecida como Casa Dourada. Com essa nova estrutura, o evento ampliou sua atuação educativa e cultural, tornando-se um espaço ainda mais relevante para a comunidade local.

A vereadora Marinor Brito (PSOL), autora da proposta, enfatizou em sua fala que o Psica é um reflexo da força criativa das periferias e juventudes amazônicas. Segundo ela, “é fruto da juventude preta, indígena, periférica e LGBTQIAPN+, que transformou o improviso em política cultural de alcance internacional”. Essa afirmação ressalta a diversidade e a riqueza cultural que o festival representa.

Um Festival com Caráter Decolonial

Nas redes sociais, a organização do festival destacou o caráter decolonial e comunitário que marca o Psica. A mensagem é clara: o festival se mantém enraizado nas periferias e é comprometido em criar ambientes seguros e representativos para todos. Isso não é apenas uma intenção, mas sim uma prática constante que envolve todos os aspectos do evento.

Os criadores do festival, os irmãos paraenses Jeft Dias e Gerson Júnior, são figuras influentes na produção cultural periférica do Brasil. Para eles, esse reconhecimento traz uma nova fase cheia de responsabilidades. Jeft comentou que “o Psica injeta recursos nas periferias e amplia oportunidades reais de renda”. Gerson complementou dizendo: “Esse avanço no poder público aumenta nossa responsabilidade.”

Impacto e Expansão do Festival

O Psica se destaca como o maior festival do Norte do Brasil. Em 2024, ele reuniu mais de 100 mil pessoas, movimentando não apenas a música, mas também a gastronomia, o audiovisual, a moda, o design e os micronegócios periféricos. Isso demonstra como o festival é um catalisador de atividades econômicas e sociais na região.

Ações de Inclusão e Sustentabilidade

Além de seu impacto econômico, o festival também lidera iniciativas de inclusão. Em 2024, foram distribuídos 1.078 ingressos para pessoas trans e realizados 280 atendimentos a pessoas com deficiência. Mais de 40 profissionais de acessibilidade estiveram envolvidos, garantindo que todos pudessem aproveitar o evento.

No que diz respeito ao meio ambiente, o festival recolheu 2.140 kg de resíduos recicláveis e distribuiu mais de 3.600 bituqueiras. Essas ações demonstram um compromisso sério com a sustentabilidade e a preservação ambiental, algo que é cada vez mais necessário nos dias de hoje.

Expectativas para a Edição de 2025

O Festival Psica está programado para retornar nos dias 12, 13 e 14 de dezembro de 2025, com o tema “O Retorno da Dourada”. A programação contará com mais de 70 atrações, incluindo nomes de peso como Dona Onete, Martinho da Vila, Marina Sena, BK e Jorge Aragão, além de artistas emergentes da Pan-Amazônia. Sem dúvida, será uma celebração vibrante da cultura e criatividade da região.

Em resumo, o reconhecimento do Festival Psica como Patrimônio Cultural Imaterial é um passo significativo para a valorização da cultura local e para a promoção de inclusão social. É um lembrete poderoso de que a arte e a criatividade têm o potencial de transformar vidas e comunidades.

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