O Ministério Público Federal decidiu, enfim, colocar um ponto final naquela investigação que já se arrastava há anos sobre o acordo energético firmado entre Brasil e Paraguai na época do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Era um assunto que vivia ressurgindo nas redes, sempre acompanhado de especulações, principalmente nesses últimos tempos em que tudo vira motivo de disputa política. Mas, depois de revisar documentos, depoimentos, trocas de e-mails, registros internos e até notas técnicas esquecidas em anexos, o MPF concluiu que não há qualquer prova de corrupção no episódio.
Segundo o próprio órgão, e isso está no despacho oficial, não foram encontrados sinais de fraude, pagamentos suspeitos, tráfico de influência, vantagem indevida ou qualquer coisa que pudesse minimamente caracterizar crime contra a administração pública. Nada que justificasse continuar cavando. Uma das fontes internas descreveu o processo como “exaustivo”, daqueles que passam pente-fino até em detalhes que a maioria das pessoas nem repararia — tipo datas divergentes entre versões antigas de planilhas, ou os famosos carimbos que nunca batem. No fim das contas, nada disso apontou para qualquer ação irregular.