A glândula tireoide pode ser pequena em tamanho, mas sua importância para o funcionamento do organismo é gigantesca. Localizada na base do pescoço, essa estrutura é responsável por produzir hormônios essenciais que regulam o metabolismo, a temperatura corporal e diversas funções vitais. Quando há algum desequilíbrio em sua atividade, o corpo dá sinais, embora nem sempre sejam evidentes. Identificar essas alterações precocemente pode fazer toda a diferença para o tratamento e a qualidade de vida.
ATENÇÃO: ESTE CONTEÚDO É MERAMENTE INFORMATIVO E NÃO SUBSTITUI ORIENTAÇÃO MÉDICA. CONSULTE SEMPRE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE PARA QUESTÕES RELACIONADAS AO SEU ORGANISMO.
Hipertireoidismo: quando a tireoide trabalha acelerada
Entre os principais distúrbios da tireoide, o hipertireoidismo se destaca por aumentar a produção de hormônios tireoidianos além do necessário, resultando em uma aceleração do metabolismo. Esse excesso pode levar o corpo a um verdadeiro colapso, afetando desde o sistema nervoso até o ritmo cardíaco.
Mas como identificar essa condição?
Um relato compartilhado por um usuário do Reddit exemplifica bem os sinais do problema:
“Percebi que algo estava errado há cerca de dois anos. Meu cabelo começou a cair, passei a ter crises de ansiedade sem motivo, meu coração disparava, sentia calor excessivo e um cansaço que me impedia de dormir direito. Como minha irmã tem hipotireoidismo, suspeitei que minha tireoide estivesse desregulada e pedi exames ao médico.”
Os principais sintomas do hipertireoidismo incluem:
1. Palpitações cardíacas – O coração começa a bater mais rápido do que o normal, mesmo em repouso.
2. Ansiedade e irritabilidade – O humor se altera drasticamente, com episódios de nervosismo intenso.
3. Ciclo menstrual irregular – Mulheres podem notar mudanças no fluxo e na regularidade da menstruação.
4. Fome excessiva – O metabolismo acelerado faz com que o apetite aumente consideravelmente.
5. Problemas nos olhos – Sensibilidade à luz, visão dupla e ressecamento ocular são comuns.
6. Sudorese intensa – O corpo transpira mais do que o habitual, mesmo em temperaturas amenas.
Fatores de risco:
O hipertireoidismo pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais frequente em mulheres acima dos 60 anos. Já em adolescentes, o excesso de hormônios pode levar a um crescimento acelerado e puberdade precoce.
Alimentação e controle do hipertireoidismo
Para quem sofre com a tireoide hiperativa, a dieta pode ser uma aliada importante. Alimentos com baixo teor de iodo, como frutas, vegetais frescos, ervas naturais e claras de ovo, são recomendados. Além disso, o consumo de fontes de ferro e selênio, como arroz, feijão, aveia e espinafre, pode ajudar a manter o equilíbrio. Já produtos ricos em iodo, como frutos do mar, algas e laticínios, devem ser evitados.
Hipotireoidismo: quando a tireoide trabalha devagar
Diferente do hipertireoidismo, essa condição ocorre quando a tireoide produz menos hormônios do que o necessário, desacelerando o metabolismo. Os sintomas podem surgir de forma sutil, o que muitas vezes leva ao diagnóstico tardio.
Uma usuária do Reddit compartilhou sua preocupação com um sintoma clássico:
“Minhas sobrancelhas começaram a afinar e, como já tenho um histórico de problemas na tireoide, comecei a suspeitar de hipotireoidismo. Mas esse é meu único sintoma no momento. Isso pode ser um sinal inicial ou só acontece quando há outros sintomas?”
Os principais indícios do hipotireoidismo incluem:
1. Perda de pelos nas sobrancelhas – Os fios, principalmente na parte externa, podem cair de forma perceptível.
2. Unhas frágeis e quebradiças – Alterações na textura e crescimento mais lento das unhas são sinais comuns.
3. Dificuldade de concentração e falhas de memória – O chamado “nevoeiro mental” pode dificultar o raciocínio e a retenção de informações.
4. Sensação constante de frio – Pés e mãos gelados podem indicar um metabolismo mais lento.
5. Pele seca e rachaduras nos pés – A pele pode ficar áspera e desenvolver fissuras, especialmente nos calcanhares.
Riscos e grupos mais afetados:
Mulheres acima dos 60 anos têm maior probabilidade de desenvolver hipotireoidismo. Bebês também podem nascer com essa condição, que, se não tratada a tempo, pode comprometer seu desenvolvimento físico e cognitivo.
Alimentação adequada para quem tem hipotireoidismo
Embora o iodo seja essencial para a tireoide, seu excesso pode ser prejudicial para quem tem doenças autoimunes associadas, como a tireoidite de Hashimoto. Alimentos como algas marinhas e suplementos de iodo podem piorar o quadro. Já para gestantes, a ingestão equilibrada desse nutriente é crucial para garantir o desenvolvimento saudável do bebê.
O impacto do estresse na saúde da tireoide
O estresse pode agravar os sintomas das disfunções tireoidianas, tornando o tratamento menos eficaz. Práticas como exercícios físicos, respiração controlada, terapia e atividades relaxantes (como ioga e meditação) podem ajudar a minimizar esses efeitos.
Nosso corpo é uma máquina complexa e cheia de surpresas. Às vezes, sintomas aparentemente inofensivos podem ser sinais de algo maior. Estar atento a essas mudanças e buscar acompanhamento médico regular são atitudes fundamentais para manter a saúde da tireoide e do organismo como um todo.