A Incrível Jornada de ‘Ainda Estou Aqui’

O filme Ainda Estou Aqui tem se destacado de forma impressionante no cenário cinematográfico, conquistando prêmios tanto em terras estrangeiras quanto no Brasil. Recentemente, ele foi o grande vencedor do Prêmio Grande Otelo 2025, levando para casa um total de 13 estatuetas. Essa conquista não é apenas um marco para a produção, mas também um feito significativo para o cinema brasileiro, superando o icônico O Palhaço de 2011, que até então detinha 11 prêmios.

Principais Conquistas do Filme

Entre as vitórias mais relevantes de Ainda Estou Aqui, destacam-se as categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Ator em Longa-Metragem, com as atuações marcantes de Fernanda Torres e Selton Mello, respectivamente. O filme também foi reconhecido em outras áreas, como Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Direção, com Walter Salles à frente da produção. Ao término da cerimônia, Salles fez questão de chamar toda a equipe para agradecer pelo prêmio, um gesto que reflete o espírito de colaboração que permeou o projeto.

Um Discurso Emocionante

Um dos momentos mais tocantes da premiação foi o discurso de Selton Mello, que interpretou Rubens Paiva, uma figura histórica marcada pela tragédia durante a ditadura militar no Brasil. Mello compartilhou como o filme se tornou um “corpo” para Rubens, que foi assassinado sem que seu corpo fosse encontrado. Ele expressou sua conexão com o personagem, dizendo: “Eu não tive acesso a nenhuma imagem do Rubens em movimento. E eu tive a sensação de que o filme era o corpo do Rubens, porque de uma certa maneira, eu emprestei o meu corpo para esse corpo que nunca voltou. E é muito tocante receber esse prêmio.”

A Adaptação de uma História Real

A história de Ainda Estou Aqui é baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, que narra a trajetória da família Paiva nos anos 70, um período sombrio da história brasileira. O enredo aborda como a vida da família muda drasticamente quando Rubens é levado por militares e desaparece. A narrativa não só retrata a dor da perda, mas também a luta pela verdade e justiça, temas que ressoam fortemente na sociedade contemporânea.

Uma Produção de Alto Nível

Com um diretor renomado como Walter Salles, conhecido por obras como Central do Brasil, e um elenco talentoso que inclui Fernanda Torres, indicada ao Oscar por sua atuação, e outros nomes como Valentina Herszage e Antonio Saboia, Ainda Estou Aqui se destaca não apenas pela história, mas pela qualidade técnica e dramática que apresenta. A produção tem sido elogiada em diversos festivais, começando pelo Festival de Veneza 2024, onde ganhou o prêmio de Melhor Roteiro.

Reconhecimento Internacional

Ao longo de 2025, o filme continuou a brilhar em festivais de cinema pelo mundo, recebendo prêmios de prestígio como o Globo de Ouro, os Prêmios Goya e os Satellite Awards. Além disso, Ainda Estou Aqui fez história ao se tornar o primeiro longa-metragem brasileiro a vencer o Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional, um feito que não poderia ser mais significativo para a indústria cinematográfica do Brasil.

Uma Experiência que Transcende Fronteiras

Esse filme não é apenas uma obra de arte cinematográfica, mas também uma reflexão sobre a memória e a luta pela verdade. O que torna Ainda Estou Aqui tão especial é sua capacidade de conectar o público com uma parte dolorosa da história do país, enquanto também brinda com uma narrativa poderosa e significativa.

Se você ainda não assistiu Ainda Estou Aqui, vale a pena conferir. É uma experiência que certamente tocará seu coração e abrirá sua mente para questões importantes que, embora tenham raízes no passado, continuam a ressoar na sociedade atual. E, se você já assistiu, compartilhe suas impressões nos comentários! O que você achou do filme? Quais partes mais tocaram você?