Após deixar mulher em estado vegetativo em acidente, Luisa Mell ‘se nega’ a fazer acordo

Conforme você já deve estar ciente, colunistas tem seguido de perto o desdobramento do caso que envolve a ativista Luisa Mell e a jovem Bruna da Silva Viana, que, em 2008, sofreu um acidente que resultou em sua tetraplegia, supostamente causado pela famosa. Recentemente, a família de Bruna alegou ter sido pressionada a assinar um acordo em 2011, levando a defesa da ex-apresentadora a reagir e contestar essa decisão.

Há cerca de um mês, noticiamos que a advogada de Maria Reinalda da Silva, mãe da vítima Bruna, solicitou a anulação de um acordo no valor de R$ 125 mil. A alegação era de que Luísa Mell teria exercido pressão sobre a família, tornando esse valor insuficiente para cobrir os cuidados contínuos que Bruna necessita desde o acidente. Na época, a família teria concordado com essa quantia na esperança de obter qualquer ajuda possível para os tratamentos urgentes requeridos por sua filha.

Recentemente, os advogados de Luisa Mell entraram em cena para contestar as afirmações da família de Bruna. De acordo com informações obtidas pela coluna, a defesa da ativista argumenta que a “ação anulatória não é a via adequada para questionar a validade do acordo”. Segundo eles, não foram apresentados elementos suficientes que comprovem o prejuízo sofrido pela família da vítima.

Os advogados da ativista Luísa Mell também afirmam que o acordo judicial estabelecido em 2011 foi conduzido de maneira legal, seguindo todos os procedimentos judiciais adequados. Eles destacam que esse acordo envolveu a participação de todas as partes, incluindo o juiz, procuradores e os pais da vítima. A defesa de Luisa Mell reforça que a narrativa apresentada na petição inicial não reflete a verdade dos fatos, alegando que está completamente distorcida e manipulada.

Advogada discorda

A advogada de Bruna mantém sua discordância em relação ao acordo, argumentando que ele foi celebrado apenas entre as duas partes, sem a participação do Ministério Público (MP), que desempenha um papel fundamental na conciliação em benefício dos direitos dos incapazes. Ela afirma que o órgão competente, que deveria estar presente para proteger os direitos da vítima incapaz, não foi devidamente notificado, o que levanta sérias questões sobre a validade do acordo, conforme destacado no trecho da ação anulatória.

Luisa Mell, através de sua defesa, reforça que as partes chegaram a um acordo amigável, no qual concordaram em fazer um “pagamento a título de indenização à Bruna no montante de R$ 125.000,00”. Além disso, ficou acordado que os pais de Bruna abririam mão de “pedir indenização por danos materiais e/ou morais que poderiam pleitear em razão do fato ocorrido”. Esse acordo, de acordo com a defesa da ativista, reflete a vontade das partes envolvidas na época.

Os advogados da ativista Luísa Mell também questionaram a alegação da família de que o valor do acordo era “irrisório”. Eles afirmam que o valor acordado na época era equivalente a 232 salários-mínimos do ano de 2011, o que corresponde a R$ 540,00 por salário-mínimo. Com base nesse argumento, eles defendem que o valor acordado não era insignificante e, portanto, não há justificativa para a anulação do acordo.

O acidente

Na madrugada do dia 29 de junho de 2008, Luisa Mell estava dirigindo seu veículo de luxo pela Avenida Francisco Morato, uma via famosa em São Paulo. Segundo informações do portal de notícias G1, que reportou o acidente na época, Luisa Mell estava a caminho da casa de amigos. Por volta das 3h20, a famosa fez uma conversão à esquerda para acessar a Avenida Jorge João Saad, o que resultou no fechamento de uma motocicleta que transportava dois ocupantes. Esse incidente foi o ponto de partida para a subsequente disputa legal e o acordo que agora está sendo questionado.

O condutor da motocicleta envolvida no acidente era Marcelo Leal de Freitas, que na época tinha 21 anos. Bruna da Silva Viana, sua noiva na época, com 17 anos, estava na garupa da moto. Infelizmente, Marcelo perdeu o controle da motocicleta e colidiu com um poste, resultando no arremesso de Bruna a vários metros de distância do veículo. Ambos foram levados ao Hospital das Clínicas, localizado na Zona Oeste da capital paulista, para receberem atendimento médico após o acidente.