No ano de 2001, confrontado pela urgência de um transplante renal para salvar a vida de sua esposa, o doutor Richard Batista optou por realizar a nobre ação de doar um de seus próprios rins. Contudo, em 2009, após o término de seu matrimônio, ele fez uma tentativa de incorporar a questão da “restituição” desse órgão como um componente do acordo de divórcio.
No momento em que Richard Batista executou essa ação altruística, a esposa dele havia passado por sua segunda intervenção cirúrgica para transplante renal, que, infelizmente, não obtivera êxito, e suas complicações médicas haviam se transformado em um desafio significativo dentro da dinâmica do casamento.
“Meu foco principal era preservar a vida dela. O segundo benefício foi impactar a dinâmica matrimonial”, esclareceu o médico naquela circunstância. Infelizmente, alguns anos mais tarde, em 2005, a esposa finalmente requereu o divórcio.
Após quatro anos de discussões sobre o rompimento, o cidadão dos Estados Unidos fez um pedido inesperado, o qual acabaria por transformar sua narrativa em um destaque tanto nos Estados Unidos quanto na arena global.
Conforme indicado no relatório, ele estava almejando que ela “devolvesse” o rim ou seu valor monetário correspondente, estimado em notáveis US$ 1,5 milhão. Richard Batista comunicou à imprensa que decidiu trazer o assunto à luz pública devido à demora na conclusão do processo.
Enquanto isso, a antiga parceira mantinha o hábito de restringir o acesso dele aos seus três filhos, por vezes por meses, e até anos. Naquela ocasião, as idades das crianças eram 8, 11 e 14 anos. O homem elucidou: “Esta é minha última opção. Não tinha intenção de que isso se tornasse um tema de interesse público”, conforme relatado pelo Daily News na época.
Adicionalmente, ele alegou que sua ex-companheira teria iniciado um envolvimento em casos extraconjugais antes de requerer o divórcio. Conforme as afirmações do ex-marido, o relacionamento fora do casamento teve início aproximadamente dois anos após a conclusão do mencionado transplante.
A requisição fora do comum desse indivíduo veio à luz em fevereiro de 2009 e, mais tarde, foi recusada por um tribunal norte-americano em julho do mesmo ano.
Na explicação da determinação legal, enfatizou-se que “materiais biológicos humanos” não eram considerados como “bens matrimoniais” e, portanto, não estavam sujeitos a partilha entre os envolvidos em um divórcio, ao contrário do que se aplica a propriedades imóveis e automóveis.
Além disso, nos Estados Unidos, é considerado ilegal solicitar a devolução de um rim que tenha sido doado. Isso implica que o pedido de Batista poderia ser interpretado como uma potencial tentativa de extorsão, o que poderia acarretar em acusações criminais contra ele, de acordo com o relato do portal da NBC News.
Douglas Rothkopf, o advogado encarregado da representação de Dawnell Batista, optou por não fazer comentários a respeito das demandas feitas por Richard Batista. Entretanto, outros profissionais do direito consideram improvável que ele obtenha sucesso em sua solicitação.
“Com mais de quatro décadas de atuação nesse campo, nunca me deparei com algo semelhante”, declarou Seymour J. Reisman, um advogado de Long Island especializado em casos de divórcio. “Não estamos lidando com um patrimônio conjugal ou um bem compartilhado”, acrescentou Reisman.
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Mulher que doou rim para o marido quer órgão de volta após separação
Uma mulher que resgatou a vida de seu esposo ao doar um de seus rins agora busca a devolução do órgão. O homem a teria abandonado três anos após a intervenção cirúrgica, realizada em 2009.
Andy Lamb, com 45 anos, enfrentava uma séria condição de insuficiência renal, dependendo inteiramente de sessões de diálise semanais para se manter. Sua esposa, Samantha Lamb, com 41 anos, escolheu doar um de seus rins para o marido.
Após alguns anos desde a intervenção que resgatou a vida de Andy, a união conjugal chegou ao fim e, em agosto de 2012, ele optou por se separar de sua esposa. Conforme relatado pelo jornal Daily Mail, o homem simplesmente deixou suas chaves na caixa de correio, sem incluir qualquer nota ou carta de despedida.
Neste momento, Samantha acredita firmemente que seu ex-marido iniciou um relacionamento com uma de suas amigas e anseia recuperar o órgão doado. Samantha expressa arrependimento por ter cedido o rim ao ex-cônjuge e aspira recuperá-lo, mesmo que sua intenção seja doá-lo a alguém que julgue mais digno.
Andy, que refuta a alegação de ter um relacionamento com a amiga de sua ex-esposa, comunicou ao Daily Mail: “Eu jamais quis que ela doasse o rim, pois eu compreendia que era uma grande responsabilidade. No entanto, ela persistiu, e sempre serei grato por ter me salvado a vida.” Além disso, ele complementou: “Meus sentimentos por ela eram reais, contudo nosso relacionamento já não estava prosperando. Enfrentamos desavenças significativas e sua família nunca simpatizou comigo.”
O casal iniciou seu relacionamento em 2004, quando os dois trabalhavam como condutores de ambulância. Eles optaram por se casar em 2007.