Ator Bernardo Dugin denuncia padre por discurso homofóbico durante missa de 7º dia

Um padre de Nova Friburgo, cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro, foi denunciado à polícia por homofobia após um discurso feito em uma missa de sétimo dia. O discurso em questão foi considerado homofóbico pelo ator Bernardo Dugin, que divulgou um vídeo explicando o ocorrido. 

Segundo o ator, durante a homilia, o padre fez um comentário sobre o demônio estar entrando na casa das pessoas de diferentes formas para destruir as famílias, incluindo a representação da união de pessoas do mesmo sexo, como homem com homem e mulher com mulher. Após o discurso, Bernardo procurou a delegacia de Polícia Civil e fez a denúncia. 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que um inquérito foi instaurado para apurar o crime de homofobia e que o acusado prestará depoimento nos próximos dias. O advogado de Bernardo Dugin também explicou que além do inquérito policial, acionou o Ministério Público para que seja aberta uma ação civil pública. 

O objetivo é apurar a conduta no âmbito da tutela coletiva, de modo a estudar a viabilidade de um ajuizamento pelo Ministério Público de uma ação civil pública contra o padre, para o pagamento de indenização por dano moral coletivo a ser revertido às instituições dedicadas causa LGBTI+. 

Esse caso evidencia a importância da luta contra a homofobia e outras formas de discriminação. Infelizmente, discursos de ódio ainda são proferidos em diversos ambientes, inclusive em espaços religiosos, como no caso em questão. 

Por isso, é essencial que as denúncias sejam feitas e que as autoridades competentes ajam para punir os responsáveis por atos de homofobia e outras formas de discriminação. Além disso, é preciso que a sociedade esteja atenta e engajada na luta pelos direitos LGBTI+, para que possamos construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos. 

Um padre da Região Serrana do Rio foi denunciado à polícia por homofobia após um discurso feito durante uma missa de 7º dia. Em um vídeo publicado na internet, o ator Bernardo Dugin explicou que o discurso homofóbico aconteceu durante a homilia, momento em que o sacerdote prega sobre temas específicos. O padre afirmou que “o demônio tá entrando na casa das pessoas de diferentes formas para destruir as famílias, na representação da união de homens que mantem relação com homens.” 

Após o discurso, o ator Bernardo Dugin procurou a delegacia de Polícia Civil (151° DP) e denunciou o caso. Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que um inquérito foi instaurado para apurar o crime de homofobia, e que o acusado prestará depoimento nos próximos dias. O advogado de Bernardo Dugin explicou que também acionou o Ministério Público para que seja aberta uma ação civil pública. 

A Diocese de Nova Friburgo divulgou uma nota lamentando o ocorrido e pedindo perdão às pessoas que se sentiram ofendidas. Em novo comunicado, a Diocese de Nova Friburgo divulgou a posição do padre Antônio Carlos dos Santos, envolvido no episódio. No texto, o padre afirma que suas palavras não tinham o intuito de ofender nenhuma classe ou pessoa e se desculpou pelas falas. Pe. Antônio Carlos também disse que seu papel é proclamar o mandamento da caridade, respeito, misericórdia e tolerância. 

O Colégio Nossa Senhora das Dores, onde fica a capela que foi celebrada a missa, se pronunciou, também por meio de uma nota, destacando que segue o discurso do Papa Francisco, sobre o verdadeiro evangelho de Jesus ser sobre amar e respeitar, sem distinção, todas as pessoas como irmãos. Afirmou ainda que o colégio respeita e acolhe às diferenças e recusa toda e qualquer forma de discriminação.