Bolo envenenado: perícia chega a conclusão que comida levada por nora para sogra em hospital não tinha veneno

O Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul fez uma investigação e concluiu que os alimentos que Deise Moura dos Anjos levou para a sogra, Zeli dos Anjos, enquanto ela estava internada no hospital, não tinham nenhum veneno. Isso foi confirmado depois de analisar diversos itens entregues à polícia, que a família de Zeli havia repassado.

Deise está presa, sob a suspeita de ter envenenado com arsênio o bolo que matou três pessoas da família do marido dela no dia 27 de dezembro de 2024. A polícia estava desconfiada de que ela tentou envenenar Zeli mais uma vez, enquanto ela estava no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. A principal suspeita era de que Zeli tivesse comido o bolo e ficado mal por causa do veneno.

Os itens que foram entregues para a investigação incluem, além do pastel de padaria, outras coisas como bombons, chiclete, barras de cereal, suco de uva, torrone, biscoito de leite, entre outros. A análise de todos esses produtos, incluindo a garrafa do suco e o canudo, não encontrou qualquer vestígio de arsênio. O laudo do IGP foi bem claro quanto a isso: não havia veneno nesses alimentos.

Na última sexta-feira (7), o IGP divulgou novos laudos sobre o caso, que confirmaram a presença de arsênio na urina do marido e do filho de Deise. Porém, ainda não se sabe exatamente como o arsênio foi parar no suco nem qual foi o motivo da tentativa de envenenamento. A polícia segue investigando, mas a situação continua confusa.

Relembre o caso:

Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43 anos, e Neuza Denize da Silva dos Anjos, de 65 anos, morreram após comerem um bolo durante uma reunião de família no dia 23 de dezembro de 2024. A principal suspeita é que Deise tenha comprado o arsênio e misturado com a farinha para fazer o bolo envenenado.

Deise também é suspeita de ter matado o sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que faleceu em setembro de 2024. O corpo dele foi exumado, e os exames também mostraram a presença de arsênio. É bem sabido que Deise tinha problemas com a sogra e, inclusive, havia ameaçado Zeli anteriormente.

O delegado responsável pelo caso, Marcos Veloso, falou sobre o que aconteceu na época: “Ela estava no dia 2 de setembro, quando ela fez o café com leite em pó e tudo mais, junto com seu marido, e também estava no local onde Zeli fez o bolo em Arroio do Sal. Ela também consumiu e foi parar no hospital.” Isso indica que Deise estava por perto e teve envolvimento direto em ambos os incidentes, tanto com o bolo envenenado quanto com o possível envenenamento da sogra.

Essa história está cada vez mais complicada e cheia de detalhes que a polícia ainda precisa desvendar. A situação não está nada clara, mas os laudos e a investigação vão sendo feitos passo a passo. Deise continua presa, e mais informações podem surgir conforme o caso avança.