Brasileira em Israel mostra bunker onde passa parte do tempo à espera de voo da FAB; vídeo

Roseane Souza dos Santos, residente em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, está enfrentando momentos de grande tensão no abrigo de seu apartamento, que compartilha com outros quatro compatriotas em Israel. O país entrou em conflito no último sábado (7).

Com quase um ano de moradia em Bnei Brak, uma cidade a apenas 15 minutos da capital Tel Aviv, onde desempenha seu trabalho como faxineira, Roseane relata a necessidade frequente de se retirar das áreas comuns do prédio para buscar refúgio no abrigo anti-bomba de sua residência.

No vídeo compartilhado com o G1, Roseane revelou o interior do abrigo, destacando suas características de segurança. O abrigo apresenta portas e janelas fortificadas, projetadas para abrir somente do interior. É importante notar que em Israel existe uma lei que obriga todos os moradores a construírem bunkers em suas residências.

 

Roseane Souza dos Santos mostra o bunker que tem dividido com outros brasileiros em Bnei Brak, cidade que fica a 15 minutos da capital Tel Aviv. — Foto: Reprodução

 

O quarto do abrigo é simples, contendo apenas uma cama, proporcionando o mínimo de conforto possível para os ocupantes, considerando a possibilidade de ficarem reclusos durante várias horas ou até mesmo dias seguidos, em defesa contra possíveis ataques.

“Assim que as sirenes tocam, todo mundo tem que correr para o quarto. Desde sábado, às 6h, quando começaram os ataques a Israel, temos enfrentado vários momentos em que as sirenes tocam,” relatou Roseane.

Ela destacou que em Bnei Brak, desde o início dos ataques, apenas os serviços essenciais estão operando, como farmácias e supermercados. Em alguns locais, a escassez de mantimentos básicos para atender à população já é evidente. Roseane compartilhou: “Hoje, desci até um mercado próximo de casa para comprar leite e tive que visitar dois supermercados, porque não havia mais leite, pão ou ovos. Já é possível ver muitas prateleiras vazias.”

A situação é extremamente tensa. Estamos praticamente confinados em casa, sem a possibilidade de sair. Roseane relatou: “Quando fui ao mercado e retornei, a sirene tocou apenas 10 minutos depois, e tivemos que correr novamente para o abrigo.” Isso ilustra a constante preocupação e ação que os moradores de áreas afetadas estão enfrentando em Israel durante os ataques.

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Alta no preço das passagens

Compreensivelmente, Roseane Souza expressa um forte desejo de retornar imediatamente ao Brasil devido ao medo e à tensão decorrentes do conflito em Israel. No entanto, ela aponta que os preços das passagens para sair de Israel aumentaram consideravelmente desde o início do conflito, indo de R$ 4 mil para R$ 9 mil em apenas um dia. Essa situação torna ainda mais difícil para os brasileiros que desejam deixar o país em meio a essa crise.

A situação é extremamente tensa. Não sabemos quais serão os próximos passos. Roseane relatou que houve um ataque próximo ao aeroporto hoje, o que aumenta ainda mais a preocupação. Ela também mencionou que as emissoras de televisão locais estão constantemente transmitindo informações sobre os ataques e o trágico evento que ocorreu no Sul do país, referindo-se à rave atacada em Gaza. Nesse contexto, é compreensível que ela e outros residentes estejam se sentindo perdidos e incertos sobre o que fazer em meio a essa crise.

A esperança de Roseane Souza, moradora de São Mateus, é obter uma vaga nos aviões disponibilizados pelo governo federal para resgatar os brasileiros que se encontram em solo israelense. Ela já preencheu o documento da embaixada manifestando seu interesse em retornar ao Brasil e agora aguarda uma resposta das autoridades do país para poder deixar Israel.

Ela compartilhou o sentimento de tensão e tristeza que ela e outros compatriotas estão enfrentando, passando três dias confinados em casa, aguardando uma solução para a situação desafiadora em que se encontram.