A cantora e compositora Luciane Dom denunciou que sofreu racismo na última quinta-feira no aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro. Segundo Luciane, ela teve seu cabelo revistado por uma funcionária do aeroporto Santos Dumont, ela criticou a conduta da funcionária e falou que era um caso de racismo.
Eu estava no meio da divulgação de uma nova música que sai amanhã em todas as plataformas digitais. estava feliz, vendo memes, lendo coisas legais que adoro, ai, cheguei no aeroporto santos Dumont e fui parada para uma revista aleatória, pouco antes de embarcar para São Paulo.
Segundo a cantora ela já tinha passado pelo scanner corporal, assim como sua mala que estava carregando, quando uma funcionária do aeroporto lhe abordou e disse que tinha de olhar seu cabelo, Luciane disse que ficou aterrorizada com a violência do ato,a profissional chamou um superior e Luciane diz que seu dia desmoronou.
O pastor Henrique Vieira e a deputada Erika Hilton pediram para a Polícia Federal, a Infraero e a agência nacional de aviação civil, uma revisão nos protocolos para revistas pessoais, e uma edição que regulamente contra o racismo dos agentes de fiscalização e de seguranças nos aeroportos.
Segundo o ofício, já foram publicados relatos suficientes para caracterizar uma ação sistemática de inspeção, que gera muito constrangimento para as pessoas pretas. Como foi o caso do vereador Renato Freitas e a atriz Jeniffer Nascimento, que relatam constantes inspeções aleatórias em suas viagens.
O documento também diz que após longas pesquisas constataram que não existe relato de inspeção em cabelos de pessoas brancas em aeroportos. Segundo a Infraero, Luciane foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual e negou que tenha tocado no cabelo da cantora. Em curta nota, a cantora disse que sabe muito bem o que passou e escutou no aeroporto. A ministra da igualdade racial, Anielle Franco afirmou que o ministério vai acompanhar o caso de perto.
O relato de Luciane sobre ser revistada após passar no scanner com sua bagagem, enquanto ia para o salão de embarque, foi chamada para uma vistoria aleatória onde pediram para fazer uma revista em seu cabelo.
A ministra disse que lamenta o que aconteceu com a Luciane dom no aeroporto Santos Dumont, infelizmente são casos frequentes e não pontuais. a ministra reiterou que os corpos e cabelos precisam ser respeitados. e deixou claro que a equipe de igualdade já está em busca de respostas sobre o caso. No depoimento, Luciana descreveu a cena que sofreu, um relato agoniante para quem já passou por essa situação.
Em nota, a Infraero que toma conta do aeroporto santos Dumont afirmou que Luciane foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual, mas negou que tenha tocado no cabelo da cantora. segundo a Infraero essa inspeção é aleatória e independente de orientação sexual, raça, idade, profissão e cargo.
Eles dizem repudir qualquer forma de discriminação e se colocaram a disposição para ajudar na solução do caso. Nas redes sociais o caso tomou partido, alguns, alguns acham que a cantora está exagerando para conquistar o público e se promover com a pauta racial e outros dizem que a Infraero quer acobertar o racismo de seus colaboradores.