Caso Soraya: Antes de confessar ter tirado a vida da própria mãe, filho surgiu chorando durante enterro

A dor do luto já é, por si só, uma ferida que demora pra cicatrizar. Agora, imagina descobrir que quem causou essa dor foi justamente alguém de dentro da família… É o tipo de golpe que não dá pra prever, nem digerir. Esse foi o caso que abalou Minas Gerais nos últimos dias, quando veio à tona que Matteos França Campos, de 32 anos, confessou ter tirado a vida da própria mãe, Soraya Tatiana Bomfim França, uma professora de 56 anos bastante conhecida na região.

O abalo maior nem foi só pelo crime em si — o que já seria o bastante pra deixar qualquer um indignado — mas pelo comportamento frio e calculista de Matteos. Ele apareceu no velório da mãe como se fosse mais um filho arrasado. Chorou, abraçou parentes, fez cara de dor, aquela encenação completa. E pensar que, ali mesmo, ele já sabia o que tinha feito… é difícil de acreditar. Um vídeo que rodou bastante nas redes mostra esse momento no cemitério, e hoje, sabendo da verdade, fica impossível não ver tudo com outros olhos.

Inicialmente, o desaparecimento de Soraya parecia mais um caso misterioso, daqueles que deixam as famílias desesperadas e a polícia em alerta. Ela foi encontrada no domingo, 20 de julho, nas proximidades de um viaduto em Vespasiano, região metropolitana de BH. O corpo estava coberto com um lençol e apresentava sinais de agressão — que depois a polícia afirmou terem sido simulados, numa tentativa tosca de despistar a autoria.

O ponto de virada veio quando os investigadores começaram a notar umas falhas no depoimento do filho. As peças não batiam. E, durante a coletiva de imprensa, a bomba estourou: Matteos confessou tudo. Disse que matou a mãe dentro do apartamento onde os dois moravam, após uma discussão — adivinha? — por causa de dinheiro.

O motivo, infelizmente, já virou uma constante em casos parecidos: dívidas com apostas online. Matteos, afundado até o pescoço, contraiu empréstimos, alguns até consignados, e acabou criando um ambiente pesado dentro de casa. A convivência, segundo vizinhos, já vinha estremecida há um tempo. Aquela tensão que só quem mora junto percebe.

Depois de cometer o crime, ele colocou o corpo da mãe no porta-malas do carro dela e dirigiu até o viaduto, onde abandonou tudo. No dia seguinte, como se nada tivesse acontecido, foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência dizendo que a mãe não respondia mais às mensagens. Ainda pediu pra uma tia ir até o apartamento verificar, numa tentativa clara de manter a farsa.

Matteos trabalhava como servidor comissionado na Secretaria de Desenvolvimento Social do estado. Claro, foi exonerado assim que a prisão foi decretada. E olha só a ironia: ele trabalhava justamente numa pasta que cuida do bem-estar das pessoas. Difícil engolir isso sem um nó na garganta.

O caso segue em investigação, mas a revolta popular já tomou conta das redes e das rodas de conversa. Ninguém consegue entender como alguém é capaz de tirar a vida da própria mãe — e ainda por cima fingir tanto, com tanta frieza. Esse é daqueles crimes que não dá pra esquecer tão cedo. Ele fere a lógica, o coração e a alma.

E enquanto a justiça não chega, resta à família, aos amigos e à comunidade tentar reconstruir algo em meio aos cacos deixados por essa tragédia absurda.