A Polícia Civil de São Paulo afirmou ter reunido provas substanciais que indicam a presença de Gustavo Vinícius, ex-namorado de Vitória Regina de Sousa, próximo ao local onde o corpo da jovem foi encontrado. Com um mandado de prisão expedido, ele se apresentou às autoridades na última quinta-feira (6).
Vitória, que estava desaparecida, foi encontrada sem vida em uma área de mata na cidade de Cajamar, região metropolitana de São Paulo. O crime chocou moradores pelo nível de violência: a jovem teve os cabelos raspados e foi degolada.
Declarações contraditórias levantam suspeitas
Durante o interrogatório, Gustavo alegou que estava com uma adolescente de 17 anos na noite do crime. A jovem chegou a comparecer à delegacia para confirmar a versão, mas as provas reunidas pela investigação indicam que o suspeito esteve próximo ao local do assassinato por volta das 0h35.
“O horário que ele mencionou não bate com as informações que coletamos. Há evidências concretas de que Gustavo estava perto da cena do crime no momento crítico”, declarou o delegado Aldo Galiano, responsável pela investigação.
As contradições nos depoimentos foram determinantes para o pedido de prisão. Segundo a polícia, Gustavo inicialmente afirmou estar acompanhado da jovem durante todo o período em que Vitória desapareceu. No entanto, a moça relatou que só esteve com ele por volta das 3h30, enquanto Vitória desapareceu por volta da meia-noite.
“O tempo não fecha. Ele está completamente desalinhado em relação aos outros depoimentos. Ao todo, já ouvimos 13 testemunhas, e o relato dele destoa de todos os outros”, reforçou o delegado.
Além de Gustavo, mais dois suspeitos estão sendo investigados pelo assassinato da adolescente. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) acompanha o caso de perto.
Últimas mensagens da vítima podem indicar suspeitos
De acordo com Fábio Costa, advogado da família de Vitória, a jovem enviou uma mensagem ao ex-namorado na noite do crime, pedindo que ele fosse buscá-la no ponto de ônibus, pois estava com medo.
A preocupação de Vitória já havia sido expressa a uma amiga. Em uma troca de mensagens pouco antes de desaparecer, a jovem relatou estar sendo seguida por dois homens desconhecidos no caminho de volta para casa, na noite do dia 26 de fevereiro.
Testemunhas afirmam ter visto um veículo suspeito estacionado próximo ao ponto de ônibus onde Vitória desceu antes de desaparecer. O carro seria o mesmo mencionado pela vítima em um áudio enviado à amiga momentos antes de perder contato.
Investigações seguem em andamento
O assassinato brutal de Vitória Regina de Sousa gerou grande comoção na comunidade de Cajamar. O caso mobilizou a polícia, que segue analisando provas, imagens de câmeras de segurança e novos depoimentos para esclarecer a participação dos suspeitos e identificar possíveis cúmplices.
A investigação ainda não descarta nenhuma hipótese. Familiares da jovem cobram justiça e esperam que os responsáveis sejam identificados e punidos.
Este caso chocante mais uma vez alerta as pessoas para os perigos que cercam o país, o Brasil é um dos países mais violentos do mundo, infelizmente uma triste realidade que deve der enfrentada pelas pessoas todos os dias.