O caso da jovem Vitória Regina de Souza, de 17 anos, ganha um novo desdobramento. Um dos principais suspeitos envolvidos no crime teria manifestado a intenção de contar tudo à polícia. Segundo informações divulgadas pelo programa Cidade Alerta, da Record, nesta terça-feira (11), o homem afirmou que “não agiu sozinho” e teme ser o único a pagar pelo assassinato brutal da adolescente.
Até agora, apenas Maicol Sales dos Santos foi preso. Ele é dono do carro encontrado próximo ao local onde Vitória desapareceu e se tornou o principal alvo das investigações. Detido no sábado (8), teve sua prisão mantida após audiência de custódia no domingo (9).
O que chama a atenção é que Maicol foi desmentido pela própria esposa em depoimento à polícia, o que fortaleceu ainda mais as suspeitas contra ele. Além disso, a perícia encontrou indícios que podem ligá-lo diretamente ao crime.
INDÍCIOS QUE COMPLICAM A SITUAÇÃO DE MAICOL
A investigação trouxe à tona diversas evidências que colocam Maicol no centro do crime. Seu veículo passou por análise pericial, e os resultados são alarmantes: foi encontrado um fio de cabelo dentro do carro, que agora passará por exame de DNA para verificar se pertence à vítima. Além disso, foram identificadas manchas de sangue no automóvel.
Outro detalhe perturbador foi o relato de vizinhos, que afirmaram ter ouvido gritos vindos da casa do suspeito na noite do crime. Segundo os depoimentos, Maicol teria até ameaçado testemunhas para que não revelassem o que ouviram.
Durante as buscas por Vitória, a polícia encontrou outro corpo, o de Edna Oliveira Silva, de 65 anos, em uma área entre Cajamar e Jundiaí. Ela era conhecida da família de Maicol e trabalhava como cuidadora de uma idosa ligada a ele. Esse fato levanta a suspeita de que os dois casos possam estar interligados.
“NÃO VOU PAGAR POR ISSO SOZINHO”
De acordo com as informações apuradas pelo Cidade Alerta, Maicol teria demonstrado nervosismo na delegacia e declarado que não quer ser o único responsabilizado pelo crime. “Eu não vou pagar por isso sozinho”, teria dito ele às autoridades.
A polícia investiga a possibilidade de haver mais pessoas envolvidas, uma vez que testemunhas afirmam que Vitória foi seguida por um carro com quatro indivíduos após descer do ônibus.
Outro fato que reforça a linha de investigação é que, ao fazer uma perícia na residência de Maicol, os agentes encontraram vestígios de sangue em vários cômodos. Esse detalhe sugere que a adolescente pode ter sido mantida em cativeiro antes de ser levada ao local onde seu corpo foi encontrado.
RELEMBRANDO O CASO
Vitória Regina desapareceu na madrugada do dia 27 de fevereiro, logo após sair do shopping onde trabalhava. Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem caminhando sozinha até o ponto de ônibus.
Minutos antes de sumir, ela enviou mensagens a uma amiga relatando que sentia estar sendo seguida. Testemunhas afirmaram que um carro com quatro homens rondava a área no momento em que ela desceu do ônibus.
O desfecho foi trágico. O corpo da adolescente foi encontrado no dia 5 de março, em uma região de mata de difícil acesso. A brutalidade do crime chocou a todos: Vitória estava nua, com o cabelo raspado, degolada e com marcas de tortura. Segundo a perícia, ela foi morta com três facadas – no tórax, no pescoço e no rosto.
INVESTIGAÇÕES EM ANDAMENTO
A polícia segue trabalhando para desvendar os detalhes do assassinato e identificar todos os envolvidos. Com a declaração do suspeito de que não agiu sozinho, cresce a expectativa de que novas prisões possam ocorrer nos próximos dias.
O caso gerou grande repercussão e mobilizou a população de Cajamar e região, que clama por justiça. Familiares e amigos de Vitória esperam que a verdade venha à tona e que os culpados sejam responsabilizados.