Na tarde deste sábado, a Polícia de São Paulo prendeu um dos suspeitos de matar a adolescente Vitória Regina de Sousa, em Cajamar, na Grande São Paulo. A prisão foi de Maicol Antonio Sales dos Santos, que é investigado como o dono do carro prata visto perto da cena do crime. Mais cedo, a Justiça havia autorizado a prisão temporária de Maicol, um pedido feito pela polícia, que vai durar 30 dias.
A história, infelizmente, não para por aí. A polícia também havia pedido a prisão de outro suspeito, Daniel Lucas Pereira, mas a Justiça negou. No entanto, foi autorizado que a polícia fizesse uma busca na casa de Daniel, o que indica que ainda há algo mais sendo investigado. A decisão da juíza de prender Maicol se deu por conta de “fortes indícios” de que ele estaria envolvido no crime, e também porque seu depoimento tinha muitas contradições. Testemunhas que foram ouvidas na investigação disseram que Maicol estava por perto no momento do crime, e o carro dele foi visto na cena. Além disso, relatou-se que houve uma movimentação suspeita na casa dele na noite em que Vitória desapareceu.
Quanto ao Daniel, o pedido de prisão foi negado porque a única ligação dele com o crime foi uma foto do carro de Maicol, tirada em um momento próximo ao ocorrido. O depoimento de Daniel também foi considerado colaborativo, e não havia indícios de que ele pudesse prejudicar a investigação.
Ainda assim, a juíza permitiu que as casas de ambos os suspeitos fossem vasculhadas em busca de provas, como armas ou outros objetos que possam ter sido usados no crime. Também foi autorizada a quebra do sigilo de dados dos celulares e outros dispositivos eletrônicos apreendidos durante as buscas.
O caso de Vitória ganhou mais destaque quando o corpo dela foi encontrado, com a ajuda de um cão farejador da Guarda Civil Municipal. O corpo estava a cerca de 5 km da casa dela, em uma área de mata fechada. A TV Globo esteve no local e mostrou imagens do corpo de Vitória, que estava nu e com ferimentos de faca.
A Polícia Civil já identificou três homens como envolvidos no assassinato de Vitória, mas seus nomes não foram divulgados. Segundo as investigações, o crime pode ter sido motivado por ciúmes, mas a polícia não deu mais detalhes sobre isso. Até a última atualização, nenhum suspeito havia sido preso por causa da morte de Vitória.
A Secretaria da Segurança Pública, por meio de nota, informou que as investigações continuam sendo feitas pela Delegacia de Cajamar, e que os policiais seguem fazendo diligências para localizar os suspeitos.
Até agora, pelo menos sete pessoas estão sendo investigadas por estarem relacionadas ao caso de Vitória. Algumas das hipóteses que estão sendo analisadas incluem vingança e ameaça. A polícia está tentando entender os motivos que levaram a esse crime brutal. Para ajudar na investigação, as câmeras de segurança gravaram Vitória saindo do shopping onde ela trabalhava e indo até um ponto de ônibus. Durante o caminho, ela enviou mensagens de áudio e texto para uma amiga, dizendo que estava com medo de dois homens em um carro que estavam a seguindo, além de outros dois rapazes que depois entraram com ela no ônibus.
Testemunhas afirmam que Vitória desceu sozinha no ponto final do ônibus, em Ponunduva, um bairro rural de Cajamar, onde morava com a família. Depois disso, ninguém mais a viu. Após dias de buscas intensas, com o auxílio de cães farejadores, o corpo de Vitória foi encontrado na quarta-feira (5). Ela foi reconhecida pelos familiares pelas tatuagens e piercing. A perícia vai determinar a causa da morte e as circunstâncias do crime, mas já se sabe que Vitória foi esfaqueada. Seu enterro foi realizado na quinta-feira (6), no cemitério da cidade, com grande comoção da comunidade.