A Polícia Civil segue na busca por respostas sobre a morte da jovem Vitória Regina Sousa. As investigações avançam com a coleta de provas e evidências que possam esclarecer como o crime aconteceu, quem são os envolvidos e qual teria sido a motivação por trás dessa tragédia que chocou a Grande São Paulo.
Entre os indícios levantados pela polícia estão a localização dos suspeitos próximos à vítima, vestígios de sangue encontrados tanto em um veículo quanto na casa de um dos envolvidos, além de contradições nos depoimentos e registros de dispositivos móveis. Cada um desses elementos pode ser crucial para fechar o quebra-cabeça e responsabilizar os culpados.
Novas descobertas sobre o crime
Na última terça-feira (11), peritos do Instituto de Criminalística (IC) encontraram vestígios de sangue dentro da casa do principal suspeito que já está preso. Agora, os laudos periciais do IC e do Instituto Médico Legal (IML) estão em andamento para confirmar se esse material biológico pertence a Vitória.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, comentou em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (10) que a polícia aguarda os resultados das perícias para definir as próximas medidas contra os envolvidos.
Os principais suspeitos do crime são Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado da vítima, Maicol Sales dos Santos, dono do carro flagrado perto do local onde Vitória foi encontrada, e Daniel Lucas Pereira, amigo dos dois. A investigação agora busca entender exatamente o papel de cada um nesse caso.
O que a polícia já tem em mãos
Durante a coletiva, foi revelado que a polícia apreendeu nove celulares pertencentes aos suspeitos. Esses aparelhos podem conter informações valiosas, como mensagens, ligações e registros de localização que ajudem a esclarecer o crime.
Uma das descobertas mais preocupantes envolve a geolocalização dos suspeitos. Dados de antenas de celular indicam que pelo menos dois deles estavam próximos de Vitória na noite do crime. Isso levanta ainda mais suspeitas sobre a participação deles na morte da jovem.
Outro fato que chama atenção é que a polícia já encontrou imagens gravadas em um dos celulares. Essas imagens mostram que Vitória foi seguida por um dos suspeitos dias antes do desaparecimento. Essa evidência reforça a hipótese de que o crime pode ter sido premeditado. Além disso, a jovem chegou a ligar para um dos suspeitos no dia do desaparecimento, o que contradiz a versão dele de que eles não tinham contato há algum tempo.
“A prova já está materializada no celular dele”, afirmou Luiz Carlos do Carmo, indicando que os investigadores já possuem evidências concretas para avançar no caso.
Além disso, inconsistências nos depoimentos vêm chamando a atenção dos investigadores. Foi justamente uma dessas contradições que levou à prisão de um dos suspeitos.
Sangue e outras evidências físicas
Outro ponto crucial da investigação é a presença de sangue no porta-malas de um dos veículos analisados. O material está passando por testes para verificar se pertence a Vitória. Além disso, um fio de cabelo encontrado dentro do carro também está sendo analisado, o que pode reforçar a tese de que a vítima esteve no veículo.
A Polícia Científica de São Paulo também encontrou sangue dentro da residência do suspeito que já está preso. Os peritos já voltaram ao local duas vezes para coletar mais amostras, e tudo foi enviado para análise comparativa com o DNA da jovem.
O que ainda falta ser esclarecido
Ainda existem algumas perguntas sem resposta, como a possibilidade de Vitória ter sido mantida em cativeiro antes da morte. O laudo necroscópico, que deve sair nos próximos dias, pode trazer mais detalhes sobre isso.
Outra dúvida é se houve abuso sexual. O advogado da família, Fábio Costa, declarou à CNN que teve acesso a um laudo pericial preliminar indicando que Vitória foi violentada. No entanto, a Polícia Civil ainda não confirmou essa informação oficialmente.
Além disso, exames toxicológicos e análises das vísceras da vítima estão sendo realizados para verificar se foi utilizado algum tipo de substância no crime.
O caso segue em investigação, e a expectativa é que os laudos periciais tragam respostas definitivas sobre como e por que Vitória foi assassinada. Enquanto isso, a família e a sociedade aguardam justiça para a jovem que teve sua vida interrompida de maneira brutal.