Ciclone atinge o RS e causa ao menos 11 falecimentos; várias pessoas estão desaparecidas

 

O Rio Grande do Sul está enfrentando momentos de angústia e medo após a ocorrência de um ciclone extratropical na região. Outros estados do Sul do país também foram afetados por esse fenômeno.

Além do ciclone, tempestades severas atingiram diversas regiões, resultando na trágica morte de pelo menos nove pessoas. De acordo com informações da Defesa Civil, mais de quarenta municípios foram afetados.

Entre esses municípios, mais de duas mil pessoas estão desabrigadas e mais de 600 estão desalojadas até a tarde deste sábado, 17 de junho, conforme os dados disponíveis.

A Defesa Civil divulgou informações sobre os locais onde foram registradas vítimas fatais. São Leopoldo apresenta o maior número de mortes, totalizando duas vítimas.

Uma pessoa perdeu a vida na região de Nova Hamburgo, outra não resistiu em Gravataí, uma em Maquiné, outra em Caraá, além de uma vítima em Bom Princípio e outra na localidade de São Sebastião do Caí.

As autoridades relataram que pelo menos vinte pessoas ainda estão desaparecidas. Devido às tempestades intensas, mais de cem pontos ficaram sem energia elétrica.

O governador Eduardo Leite está organizando uma reunião de emergência agendada para segunda-feira, 19 de junho, a fim de avaliar as medidas que o governo precisará tomar diante da atual situação de calamidade enfrentada pelo estado.

Devido à situação, várias escolas tiveram que cancelar suas aulas. Pelo menos vinte e uma prefeituras decidiram cancelar todas as aulas por questões de segurança.

Terremoto na Turquia e na Síria foi ‘pior desastre natural em 100 anos’ na Europa, diz OMS

Os recentes terremotos que assolaram o sul da Turquia e o noroeste da Síria há pouco mais de uma semana foram descritos por Hans Kluge, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, como o “pior desastre natural na região europeia da OMS em um século”.

Durante uma coletiva de imprensa, Kluge ressaltou que ainda estão avaliando a magnitude dos terremotos e que o verdadeiro custo desse desastre ainda não é totalmente conhecido.

A Região Europeia da OMS engloba 53 países europeus e da Ásia Central, incluindo a Turquia. Kluge informou que mais de 31 mil pessoas foram confirmadas mortas na Turquia e quase 5 mil perderam a vida na região fronteiriça com a Síria. Ele ressaltou que cerca de 26 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária e que esses números devem aumentar ainda mais.

No entanto, os números devastadores relatados podem estar abaixo dos efeitos de uma tragédia ocorrida em 1948 no Turcomenistão, então parte do território soviético, onde estima-se que mais de 100 mil pessoas tenham perdido a vida.

Devido à intensa censura imposta pelo governo socialista de Moscou na época, os dados precisos sobre aquele evento são difíceis de obter, tornando difícil avaliar a extensão exata da tragédia. Atualmente, o Turcomenistão é um país independente localizado na Ásia Central e está incluído na classificação da OMS.

A OMS define um desastre natural como “um evento da natureza de magnitude significativa que resulta em uma situação catastrófica”. Alguns exemplos comuns de desastres naturais incluem furacões, terremotos, inundações, deslizamentos de terra e tsunamis.

É importante ressaltar que um evento natural não é o único fator responsável pelas vítimas. A preparação para desastres desempenha um papel fundamental na mitigação dos danos causados, e geralmente, quanto mais precárias são as condições, maiores serão os estragos. Isso explica por que os maiores desastres do século ocorreram fora da Europa, como o terremoto que resultou na morte de mais de 316 mil pessoas no Haiti em 2010, o tsunami no Oceano Índico que tirou a vida de 230 mil pessoas em 2004 e o ciclone em Mianmar em 2008, que ceifou a vida de 140 mil pessoas.