Cleo Laine, cantora de jazz britânica, morre aos 97 anos

Cleo Laine: A Lenda do Jazz Britânico que Encantou o Mundo

A cantora de jazz Cleo Laine, uma verdadeira ícone da música britânica, faleceu aos 97 anos, conforme noticiado pelo Guardian. A informação foi confirmada por seus filhos, Jacqui e Alec, em uma declaração emocionante. Cleo, que tinha uma carreira brilhante e multifacetada, se apresentou ao lado de grandes nomes da música, incluindo o lendário Frank Sinatra, e também brilhou como atriz no West End de Londres e na Broadway.

Origens e Primeiros Passos na Música

Nascida em 1927, em um subúrbio de Londres, Cleo era filha de mãe inglesa e pai jamaicano. Antes de se aventurar no mundo da música, ela trabalhou em várias profissões, como cabeleireira, aparadora de chapéus e até mesmo bibliotecária. Em 1946, Cleo se casou e, ainda na adolescência, deu à luz seu primeiro filho. A vida a levou por caminhos inesperados, mas seu sonho de se tornar cantora nunca a abandonou.

A Grande Virada

Em 1951, Cleo deu um passo decisivo em sua carreira ao se juntar à banda do saxofonista e clarinetista John Dankworth, quando tinha apenas 24 anos. Na época, ela acreditava que seu nome verdadeiro era Clementine Campbell, mas uma verificação de passaporte revelou que sua mãe havia registrado seu sobrenome como Hitching. A banda, conhecida como Dankworth Seven, decidiu que o nome dela era muito longo para os pôsteres e criou o apelido de “Cleo Laine”. O novo nome foi uma combinação elegante que se tornaria sinônimo de talento e inovação na música.

Amor e Música

O relacionamento de Cleo e John se transformou em um grande amor. Eles se casaram em 1958 e sua casa se tornou um ponto de encontro para músicos de jazz renomados. Amigos como Oscar Peterson, Ella Fitzgerald, Lester Young e Dizzy Gillespie frequentemente visitavam o casal, criando um ambiente vibrante e inspirador. Cleo e John compartilharam não apenas suas vidas, mas também a paixão pela música, que se refletia em tudo o que faziam.

Reconhecimento e Legado

Durante a década de 1960, Cleo conquistou o público britânico com suas performances emocionantes. Em 1972, ela fez uma turnê pela Austrália e se apresentou no Lincoln Center, em Nova York. Um de seus shows no Carnegie Hall lhe rendeu um Grammy, solidificando sua posição como uma das grandes vozes do jazz. Suas gravações, incluindo a colaboração com Ray Charles em Porgy and Bess, são lembradas até hoje como marcos da música.

Momentos Inesquecíveis

Em 1992, Cleo teve a oportunidade de se apresentar com Frank Sinatra em uma série de shows no Royal Albert Hall, em Londres. Embora fosse amplamente reconhecida por seu trabalho com John Dankworth, foi essa colaboração que a colocou em um novo patamar de notoriedade. John, além de ser seu parceiro na vida, também se tornou seu diretor musical, guiando-a em sua jornada artística.

Uma Vida de Amor e Música

O casal não apenas construiu uma vida linda juntos, mas também um auditório no quintal de sua casa, perto de Londres, onde podiam receber amigos e realizar shows íntimos. Eles eram conhecidos por sua amizade com a falecida princesa Margaret, irmã da rainha Elizabeth II, o que adicionou um toque de glamour à sua já impressionante vida.

Infelizmente, John faleceu em 2010, mas sua memória e legado continuaram vivos. Horas após sua morte, Cleo deu um show programado em seu auditório, emocionando a todos ao anunciar a trágica notícia apenas ao final da apresentação. Isso mostra a força e a determinação que sempre caracterizaram Cleo Laine.

Reflexões Finais

Cleo Laine deixa um legado incomparável, não apenas na música, mas também na forma como viveu sua vida. Sua história é uma lembrança da importância de perseguir nossos sonhos e da força que o amor pode ter na arte. Embora ela tenha partido, sua música e sua influência continuarão a ressoar nas gerações futuras.

Se você é fã de jazz ou simplesmente aprecia histórias inspiradoras, a vida e a carreira de Cleo Laine são um convite para explorar o mundo da música com novos olhos. Não hesite em deixar um comentário ou compartilhar suas memórias sobre essa grande artista.