Confira os hábitos comuns que aumentam o risco de AVC, segundo especialistas

O Acidente Vascular Cerebral — ou o temido AVC — ainda é um dos maiores vilões da saúde pública no mundo todo. O mais assustador? A maioria dos casos poderia ser evitada. Isso mesmo. Evitada. Não é exagero. O segredo está naquilo que muita gente prefere ignorar: os hábitos do dia a dia.

A verdade é que o nosso corpo grita antes de colapsar, mas a gente vai empurrando com a barriga. Vai deixando pra depois. Sedentarismo, alimentação ruim, noites mal dormidas, stress acumulado — tudo isso vai somando pontos num placar invisível que, quando estoura, vem em forma de susto, hospital e às vezes até luto.

De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), 8 em cada 10 AVCs poderiam ser evitados com mudanças simples de comportamento. É muita coisa. E o mais curioso: todo mundo sabe o básico do que deve ser feito — mas poucos fazem.

Os hábitos que ferram (mesmo parecendo normais)

A gente se acostuma com uma rotina que, na real, tá longe de ser saudável. Ficar sentado o dia inteiro — seja no trampo, seja no sofá vendo streaming — é quase padrão. A comida? Ultra processada, rápida, barata. Sal demais. Gordura em excesso. Refrigerante como água. E quando o corpo reclama com pressão alta, dor de cabeça ou cansaço crônico, a gente joga a culpa no “estresse” ou “idade”.

Só que, como diz o neurologista Anthony Kim, da Universidade da Califórnia: “Se você espera o sintoma forte chegar pra agir, pode ser tarde demais”.

A conta uma hora chega. Placas se acumulam nas artérias, o sangue encontra obstáculos, a pressão sobe, e bum — AVC. E não tem idade certa, viu? Os casos em pessoas abaixo dos 45 anos têm aumentado, especialmente no Brasil, onde o estilo de vida sedentário virou quase regra nas grandes cidades.

Dá pra evitar. E sem receita milagrosa.

A boa notícia? Dá pra mudar o rumo da história com atitudes realistas. Não precisa virar maratonista nem fazer jejum intermitente da moda. Basta caminhar 30 minutinhos por dia. Trocar a pizza congelada por algo menos industrializado. Dormir melhor. Beber mais água. E parar com o cigarro, se for o caso. Parece pouco, mas já é muito.

Ah, e marcar aquele check-up que você vem adiando há meses também ajuda. Hipertensão, colesterol alto e diabetes são silenciosos. Quando você descobre, muitas vezes já fizeram estrago.

Ficar atento aos sinais de um possível AVC também salva vidas. Fraqueza repentina de um lado do corpo, dificuldade de falar, visão turva, dor de cabeça intensa e confusão mental são alertas que não podem ser ignorados. Nessas horas, segundos contam.

Comece hoje, sem drama

A real é que a gente não precisa esperar um susto pra se cuidar. Nem tudo é sobre estética ou seguir tendências fitness do Instagram. É sobre viver mais e melhor. Cuidar da saúde não precisa ser um projeto impossível. Comece pequeno, mas comece.

Se tiver que escolher uma única coisa pra fazer agora, que seja essa: levanta, dá uma volta, respira fundo e pensa com carinho no seu próprio corpo. Ele tá contigo o tempo inteiro, né? Então vale a pena cuidar.

Porque no fim das contas, prevenir um AVC é mais simples do que parece. Difícil mesmo é conviver com as consequências quando ele vem. E aí, vai esperar?