Conheça o cantor que faleceu na queda de um avião; outros passageiros também vieram a óbito

O mundo da música perdeu uma grande figura com a morte trágica de Aurelio Martínez Suazo, mais conhecido como “Aurelio”. O cantor, que tinha 55 anos, faleceu em um acidente de avião na noite de segunda-feira, 17 de março, na costa caribenha de Honduras.

O avião, um Jetstream da companhia Lanhsa, caiu logo depois de decolar da ilha de Roatán. A tragédia resultou na morte de 12 pessoas, enquanto outras 5 sobreviveram e uma ainda está desaparecida. Uma dor imensa para a família, amigos e fãs de Aurelio, que deixou um legado musical e cultural gigante.

Aurelio nasceu em 1969, no município de Plaplaya, lá no leste de Honduras. Ele era um dos maiores representantes da cultura garifuna, um povo que tem suas raízes na mistura de indígenas caribenhos com africanos escravizados. E isso ele levou para o mundo, com muito orgulho.

Aurelio não era só cantor, não. Aurelio também era percussionista e violonista, um verdadeiro mestre da música. Ele fez a sonoridade garifuna ultrapassar as fronteiras de Honduras e chegar a outros países, mostrando a força da sua cultura e identidade. E quando se fala em resistência e história do povo garifuna, não tem como não lembrar das suas músicas. A cada acorde e verso, ele trazia à tona a luta e a beleza do seu povo.

Durante sua carreira, Aurelio lançou cinco álbuns solo. O último deles, Darandi, saiu em 2017 e mostrou mais uma vez sua habilidade de criar músicas com letras poderosas e cheias de ritmo. Seu estilo envolvente, com aquela pegada que faz você querer dançar, tinha a missão de manter viva a memória de uma cultura que precisa ser mais reconhecida.

Mas a vida de Aurelio não se resumiu só à música. Em 2006, ele decidiu entrar para a política e fez história ao se tornar o primeiro garifuna a ocupar uma cadeira no Congresso Nacional de Honduras. Ele ficou no cargo até 2008 e, com certeza, usou sua visibilidade para dar voz à sua comunidade. Ninguém pode dizer que ele não tentou fazer a diferença de várias maneiras.

A tragédia aconteceu quando o avião estava indo para La Ceiba, na parte continental de Honduras. Além de Aurelio, havia um americano, um francês e dois menores a bordo, segundo a mídia local. A investigação das autoridades ainda está rolando, mas até agora, não se sabe ao certo o que causou o acidente.

Essa perda deixa um vazio imenso na música e na cultura garifuna. E é difícil não pensar no impacto que ele tinha para seu povo e para quem, de alguma forma, se conectava com suas músicas. Era alguém que defendia suas raízes com coragem, com um sorriso no rosto, e que mostrou para o mundo a força da cultura garifuna. Agora, sua partida prematura deixa uma saudade imensa, mas também um legado que vai continuar a ecoar, com certeza.

É uma daquelas perdas que a gente sente lá no fundo, sabe? Porque Aurelio não era só um cantor, ele era um embaixador da sua cultura, e isso vai ser lembrado por muito tempo.