Criança fica horas com “todas as necessidades” nas roupas ao professora negar ida ao banheiro

Uma família enfrentou uma situação desagradável na segunda-feira (12) em Cascavel quando se deparou com uma criança suja na saída de uma escola municipal no final da tarde. O menor foi privado de usar o banheiro pela professora, resultando em suas necessidades sendo feitas em sua roupa e permanecendo sujo por aproximadamente duas horas.

De acordo com a mãe da criança, o incidente ocorreu na Escola Municipal Professora Kelly Christina Correa Trukane, localizada no Bairro Morumbi. Ela relatou: “Quando minha mãe foi buscá-lo por volta das 17h, encontrou-o em uma situação triste e desagradável, com todas as suas necessidades feitas na roupa. Ele disse que pediu para ir ao banheiro por volta das 15h, mas a professora negou. 

Consequentemente, ele fez suas necessidades na roupa e não contou a ninguém porque estava envergonhado. Ele ficou sujo das 15h às 17h. Liguei para a escola e a diretora afirmou que não tinha conhecimento do ocorrido, solicitando que conversássemos no dia seguinte. Isso não pode passar impune. A criança tem apenas 9 anos. Medidas precisam ser tomadas”, afirmou a mãe da criança.

A equipe de reportagem não conseguiu estabelecer contato com os responsáveis pela escola, porém, buscou informações sobre o incidente junto à assessoria do Município. A assessoria informou que a Secretaria de Educação tomou conhecimento do caso por meio da imprensa e que uma reunião está agendada para o próximo dia, envolvendo a direção da escola, a fim de analisar as medidas a serem tomadas em relação a esse episódio.

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Mãe denuncia professora da rede pública por maus-tratos à filha autista

Uma mãe relatou o caso de uma professora da regional responsável por supostos maus-tratos a uma estudante autista de 8 anos que frequenta uma escola pública na Asa Sul. A mãe percebeu algo estranho quando a criança começou a recusar-se a ir à escola e a apresentar sinais de ansiedade e choro excessivo. Outras professoras da instituição confirmaram o comportamento agressivo da professora tanto com os alunos quanto com os colegas de trabalho.

Segundo a mãe, sua filha frequenta a escola desde 2021 e, inicialmente, não enfrentava problemas dessa natureza. No ano seguinte, a situação mudou e a criança começou a manifestar sinais de angústia. A mãe pensou que isso poderia ser um reflexo do espectro autista e tentou lidar com a situação. No dia 16 de fevereiro deste ano, ao buscar a filha na escola, a mãe a encontrou extremamente nervosa e em um estado de desespero total. Nesse momento, a criança expressou seu medo e sentimento de abandono.

Na semana seguinte, ocorreu um contato entre a mãe e uma professora que lecionou para a vítima em 2022. A identidade da vítima foi mantida em sigilo e substituída pelo nome fictício de Heloísa. A professora informou à mãe que presenciou diversas situações de agressão por parte da professora em relação à aluna. Para que a mãe pudesse identificar a autora, ela recebeu uma foto da mesma, uma vez que não tinha conhecimento prévio dela, já que a professora não ministrava aulas diretamente para a turma da vítima. A mãe relatou: “Assim que mostrei a foto da professora para a minha filha, ela ficou desesperada, começou a chorar e seus olhos se arregalaram. Foi nesse momento que ela finalmente revelou que a professora costumava gritar com ela”.

No relato registrado sobre o ocorrido, Heloísa descreveu que a autora já retirou a vítima da sala de aula, puxando-a com força pelos braços, além de sacudi-la e dirigir-se a ela de maneira extremamente rude. Heloísa acrescentou: “Além disso, ela costumava se referir à orientadora da escola de forma desrespeitosa”. Em entrevista ao Correio, Heloísa também mencionou que já havia presenciado a professora tratando outros alunos de maneira agressiva, especialmente quando ficava incomodada com os barulhos feitos pelos estudantes no pátio da escola, mesmo quando estavam brincando fora da sala de aula.

Atualmente, Heloísa não trabalha mais na unidade escolar, mas relata ter testemunhado várias agressões verbais e físicas da autora contra outros alunos. A mãe ainda mencionou um episódio em que a professora praticou bullying em relação à aparência de outro aluno. Segundo a mãe: “Ele tinha cabelos compridos e, de tanto a professora dizer que ele parecia uma menina, ele acabou cortando o cabelo. Além disso, a mãe dele me contou que ele não queria mais ir para a escola e estava até tendo problemas de incontinência por medo”.