A relação rixenta entre o ex-repórter Ney Inácio e a emissora de Sílvio Santos, SBT, ganhou um novo capítulo. O comunicador, que atuou por mais de 23 anos ao lado de Ratinho, acusa o apresentador e o canal de não prestar o apoio necessário ao seu tratamento contra o câncer, e afirma não ter recebido uma ação trabalhista que moveu contra a emissora há mais de um ano.
“Hoje a situação piorou. Tanto Ratinho quanto SBT me viraram as costas e sequer pagaram a ação trabalhista que movi e ganhei em todas as instâncias. Há 1 ano eles têm que pagar e não o fazem. Sempre protelam porque assim contam com o desespero financeiro do ex-funcionário e assim podem pedir descontos, fazer acordos esdrúxulos onde possam lucrar”, afirmou Ney Inácio, no decorrer de uma entrevista cedida ao portal TV Foco.
O profissional, que foi exonerado do cargo que ocupava em 2020 por fazer parte do grupo de risco do Coronavírus devido ao câncer, revela que precisar do montante da indenização trabalhista para que possa dar seguimento ao seu tratamento. Ney, inclusive, afirma ter adquirido mais um câncer na coluna cervical durante o embate judicial, e que a urgência para o pagamento da indenização se faz necessária.
Ainda conforme com o ex-repórter, Ratinho persiste para que ele aceite um acordo e dê um fim em todo o processo judicial, já que segundo ele, Ney “vai morrer logo” e “não tem muito tempo” de vida. “E sou obrigado a ouvir do Ratinho: ‘Faz um acordo. Você vai morrer logo. Não tem muito tempo. Tá mais pra plantar cebolinha do que eucalipto’. Ratinho tem acordo com SBT. As dívidas eles dividem. 50% pra cada. Assim como racham lucros no meio”, afirmou.
O profissional ainda ressaltou, que no começo de sua carreira, foi um dos principais colaboradores de Carlos Massa, o qual ajudou bastante por mais de 30 anos. “Durante 30 anos colaborei e muito com Ratinho. Antes da riqueza já o ajudava em Curitiba. Durante 25 colaborei com SBT em tudo. É justo não obedecerem a própria Justiça?”, perguntou ele.
No decorrer de uma entrevista ao Metrópoles em 2021, o profissional já havia lamentado o seu desligamento e a suposta falta de consideração de Ratinho. “Fiquei chateado porque o Ratinho tem uma rede de televisão e uma rede de rádio e nunca me ofereceu trabalho. E sou amigo do Ratinho há mais de 30 anos, desde a CNT, em Curitiba. Sempre fui o principal repórter dele. Eu o ajudei muito, muito… Ajudei desde o início do programa. Minhas matérias sempre foram picos de audiência, batia a TV Globo. Sempre fui repórter investigativo também, que vinha de premiações de outras emissoras. Então, tinha uma credibilidade legal. Senti muito na época da demissão porque ele não me deu a mão”, declarou.