O comunicado de saúde compartilhado pelo Hospital São Luiz nesta sexta-feira, 20 de outubro, trouxe uma excelente novidade para os admiradores, amigos e familiares do baixista Mingau, membro da banda Ultraje a Rigor. O boletim informou que em breve o artista poderá ser liberado do hospital, já que a equipe médica que cuida do renomado músico está elaborando um plano para sua saída da instituição de saúde.
Mingau sofreu um ferimento por um tiro na cabeça em 3 de setembro, um dia antes de seu 56º aniversário. A bala atingiu o lado esquerdo da cabeça, atravessou o cérebro e saiu, não ficando alojada no crânio do músico. O incidente aconteceu no bairro da Ilha das Cobras, na cidade de Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro. De acordo com informações da 167ª Delegacia de Polícia, o local era conhecido por ser um ponto de venda de entorpecentes.
Conforme informado no comunicado divulgado nesta sexta-feira, o músico continua apresentando um estado de saúde estável e tem demonstrado uma resposta clínica positiva ao tratamento. O paciente Rinaldo Amaral (Mingau) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Luiz – Unidade Itaim, da Rede D’Or.
Sem data
Ainda não foi definida uma data para a alta médica do paciente. A equipe médica, em colaboração com a família, está planejando a estratégia para sua desospitalização, mas no momento não há previsão específica. Do ponto de vista neurológico, observa-se um progresso constante e gradual, com interação por meio de movimentos oculares e respostas a estímulos. O paciente não está mais sob sedação e está apresentando uma melhora significativa em sua função respiratória.
No dia em que ocorreu o crime, Mingau foi inicialmente levado para o Hospital Municipal Hugo Miranda e posteriormente transferido para São Paulo por helicóptero. Uma semana após sua internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a equipe médica iniciou o processo de redução da sedação, que foi completamente retirada no dia 17 de setembro.
Em 26 de setembro do mesmo mês, a equipe médica iniciou o processo de reabilitação. O comunicado mencionou: “A fase de hipertensão intracraniana foi superada, entrando agora em etapa de reabilitação, com intensificação do suporte fisioterapêutico. O paciente está sem sedação, apresentando abertura dos olhos, porém sem interação consciente com o ambiente até o momento”, conforme declarado pela equipe na ocasião.
Hipertensão intracraniana
A hipertensão intracraniana é uma condição médica que se refere ao aumento da pressão dentro do crânio, o que pode ser resultado de várias causas. O crânio é uma estrutura rígida que abriga o cérebro, o líquido cefalorraquidiano e o sangue. Qualquer aumento na quantidade desses elementos pode levar a um aumento da pressão intracraniana.
As causas da hipertensão intracraniana podem variar e incluir lesões traumáticas na cabeça, tumores cerebrais, hemorragias cerebrais, edema cerebral (inchaço do cérebro), infecções intracranianas e condições médicas subjacentes, como hidrocefalia. Os sintomas podem ser graves e incluir dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, alterações na visão, sonolência e até mesmo perda de consciência.
O diagnóstico da hipertensão intracraniana geralmente envolve exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, juntamente com medição direta da pressão intracraniana. O tratamento é direcionado para a causa subjacente, quando possível. Pode envolver cirurgia para aliviar o inchaço cerebral, drenagem de fluidos cerebrais em excesso, tratamento de tumores ou lesões e gerenciamento de pressão intracraniana com medicamentos.
A hipertensão intracraniana é uma condição séria que requer atenção médica imediata. O tratamento precoce e adequado é essencial para prevenir danos cerebrais e complicações graves. Portanto, se alguém apresentar sintomas de aumento da pressão intracraniana, é fundamental procurar ajuda médica o mais rápido possível.