Apesar de muitas pessoas não possuírem conhecimento desse fato, porém, um simples teste no dedo tem a capacidade de indicar a presença de câncer de pulmão em seu estágio inicial.
Esse teste se baseia na observação de uma condição chamada baqueteamento digital, a qual algumas pessoas podem apresentar, mesmo sem manifestarem outros sintomas da doença.
O baqueteamento digital é caracterizado pelo arredondamento das pontas dos dedos e pelo alargamento, curvatura para baixo e amolecimento das unhas.
Segundo dados fornecidos por institutos de pesquisa, mais de 35% das pessoas que estão na fase inicial do câncer de pulmão possuem essa condição.
Curiosamente, essa situação foi primeiramente descrita por Hipócrates há mais de 2.400 anos como hipocratismo digital, associado a doenças pulmonares debilitantes.
Como identificar a condição
Existe um método de teste para detectar a presença de baqueteamento digital em uma pessoa. Esse teste é conhecido como teste da janela de Schamroth e envolve a pressão das unhas do polegar e do indicador para verificar se surge uma pequena abertura em forma de diamante entre elas.
Caso a pessoa esteja com baqueteamento digital, essa abertura ou janela estará ausente.
É fundamental destacar que o baqueteamento digital nem sempre indica necessariamente uma doença, uma vez que também há a possibilidade de ter origem genética.
Nesses casos, é recomendado realizar exames regularmente e contar com o acompanhamento de um profissional de saúde, que poderá fornecer informações mais detalhadas para identificar qualquer alteração no organismo.
Fumantes são 85% dos casos de câncer no pulmão
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), aproximadamente 85% dos casos diagnosticados de câncer de pulmão são atribuídos ao consumo de produtos derivados do tabaco. No Brasil, a doença causou mais de 28,6 mil mortes apenas em 2020.
Recentemente, a cantora Rita Lee, falecida em 9 de maio aos 75 anos, revelou em sua nova autobiografia, publicada na última segunda-feira (22), que durante a pandemia de Covid-19 chegou a consumir três maços e meio de cigarro por dia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo resulta na morte de mais de 8 milhões de pessoas anualmente em todo o mundo. Não existe um nível seguro de consumo de tabaco para a saúde, porém, o oncologista Camilo de Souza enfatiza que aqueles que fumam mais de dez maços por ano têm uma maior probabilidade de desenvolver doenças.
Além do câncer, o consumo de cigarro e a exposição à fumaça estão associados a cerca de 50 outras doenças, como enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma e infecções respiratórias, dentre outros.
O oncologista ressalta que fumar é de fato um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão, mas existem outros agentes menos comuns que também podem causar a doença, tais como exposição ao radônio, asbesto, agentes ocupacionais como sílica, arsênico, poluição atmosférica e histórico familiar.
Em relação aos sinais de câncer de pulmão, o oncologista explica que a doença geralmente é assintomática em grande parte de sua progressão contudo, poderá se manifestar eventualmente.. Alguns dos sintomas incluem dores localizadas nas costelas ou no peito, tosse com catarro, tosse seca, tosse com sangue, tosse forte ou crônica, dificuldade respiratória, infecções respiratórias frequentes, respiração sibilante, fadiga, perda de apetite, inchaço dos gânglios, perda de peso e pressão no peito.