Diante à dor de perder um familiar, principalmente tão jovem, os familiares da assistente de palco, Luana Andrade, que veio a óbito na última terça-feira (7/11) após se submeter a uma cirurgia para realização de uma lipoaspiração, ainda encontraram forças para fazer o bem.
No decorrer de uma entrevista cedida ao Fantástico, a mãe e o noivo da influenciadora, Luciana Andrade e João Hadad, confirmaram que as córneas da jovem foram doadas e ainda entregaram mais detalhes dos momentos de tensão após a cirurgia. Ainda no desabafo, eles também entregaram a razão de Luana ter decidido fazer o procedimento e como o lipedema [acúmulo de gordura no joelho] a abalava psicologicamente.
Antes de contarem que ajudaram duas pessoas, Luciana e João foram perguntados se desconfiaram dos procedimentos dos médicos durante as tentativas de salvar a vida a jovem. O noivo da jovem não pestanejou e disse que não.
“Acreditamos em tudo que nos foi passado naquele momento. Foi tudo muito transparente e de forma segura, que não houve questionamentos. O que nos passaram é que foi uma fatalidade. De uma coisa que a gente tem certeza, e é o que conforta, a Luana foi muito em paz”, afirmou João Hadad.
Adiante, a reportagem revelou que duas pessoas foram contempladas com as córneas de Luana. E a mãe, Luciana, relatou como reagiu ao saber que foram duas adolescentes que receberam as doações.
“A médica da UTI disse: ‘Olha, tem duas pessoas enxergando, duas adolescentes [por conta da doação]’. Aí, eu falei assim: ‘Só vou falar uma coisa, que esses jovens consigam enxergar a vida como a minha filha enxergava’. Eu aprendi com a minha filha. Se eu sou uma pessoa melhor, essa pessoa eu aprendi a ser com a minha filha”.
O noivo de Luana Andrade também entregou que ele e Luana fizeram uma busca minuciosa a respeito da operação: “Aproximadamente um ano que a gente vem pesquisando profissionais, que a gente vem pesquisando sobre os médicos, sobre como é cirurgia”, disse ele, antes de completar: “Todos os exames que ela precisava fazer, ela fez e chegou a tempo”, garantiu.
O rapaz ainda lembrou dos momentos de tensão após a operação de Luana ter sido interrompida por ela ter sofrido uma parada cardíaca: “Geralmente, no meio da cirurgia eles mandam: ‘Ó, tá acontecendo tudo bem’. Mais ou menos aí umas duas horas de cirurgia, falei: ‘Tia, vamos lá em cima comigo para gente poder saber as notícias da Lu’. E aí quando a gente subiu no andar, eu já comecei a sentir um clima um pouco estranho das pessoas”, recordou.
Essa história, além de sensibilizar, lança luz sobre a importância do cuidado na busca por procedimentos médicos e destaca a necessidade contínua de conscientização sobre a doação de órgãos. A coragem e a generosidade demonstradas pela família de Luana Andrade transcendem a tragédia, oferecendo um exemplo inspirador de como o amor e a empatia podem prevalecer mesmo nos momentos mais sombrios.