Golpe do bilhete premiado: cerca de 20 suspeitos são presos em 4 estados; prejuízo chega a R$ 1 milhão, diz polícia

Polícia prende suspeitos de aplicar golpe do bilhete premiado em quatro estados brasileiros.

Neste domingo (7), a polícia cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em quatro estados brasileiros contra suspeitos de aplicar o golpe do bilhete premiado. O crime, que era praticado em todo o país, principalmente na Região Metropolitana de Porto Alegre, estava sendo investigado desde 2021.

Até as 10h da manhã de domingo, 23 pessoas haviam sido presas. Dessas, 13 foram presas no Rio Grande do Sul, três no Paraná, uma no Espírito Santo e uma em Santa Catarina. Além disso, cinco suspeitos que já estavam presos passarão a responder pelo crime.

A Polícia Civil do RS identificou 21 vítimas, que tiveram um prejuízo total de cerca de R$ 800 mil. Os suspeitos deverão ser enquadrados nos crimes de estelionato e associação criminosa.

Antes do início da operação, a previsão era de que fossem cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão nas cidades de Passo Fundo, Caxias do Sul e Farroupilha, no RS; Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí, em Santa Catarina; Pinhais, São José dos Pinhais e Colombo, no Paraná; além de Vila Velha, no Espírito Santo. Até a manhã deste domingo, diligências ainda estavam sendo cumpridas, e os números finais ainda não haviam sido divulgados.

O golpe do bilhete premiado é um tipo de estelionato em que os criminosos enganam as vítimas propondo a troca entre um valor em dinheiro por um falso bilhete de loteria contemplado. O crime é antigo, mas ainda é bastante comum no Brasil e costuma atingir principalmente idosos.

Por isso, é importante que a população esteja alerta e não caia nesse tipo de golpe. Sempre que houver suspeita, é preciso acionar a polícia e não fazer qualquer tipo de pagamento antes de confirmar a autenticidade do bilhete de loteria. Além disso, é importante divulgar informações sobre o golpe para que outras pessoas possam se prevenir.

Isso é verdade, o golpe do bilhete premiado costuma ser aplicado por golpistas que usam técnicas de persuasão e manipulação para convencer suas vítimas a entregar dinheiro ou objetos de valor em troca de um suposto bilhete de loteria premiado. Muitas vezes, os criminosos se passam por pessoas humildes e simpáticas, que abordam suas vítimas em locais públicos, como ruas e praças, para iniciar a conversa.

A partir daí, os golpistas usam uma série de artifícios para convencer as vítimas de que são confiáveis e que realmente possuem um bilhete premiado. Eles podem apresentar uma versão falsificada do bilhete, mostrar recortes de jornais que noticiam ganhadores de loteria ou até mesmo fingir que estão telefonando para a loteria para confirmar a premiação.

Em seguida, os criminosos começam a pressionar as vítimas, dizendo que precisam de ajuda para resgatar o prêmio, mas que não têm dinheiro para pagar as taxas e impostos necessários. Eles podem chegar a oferecer uma parte do prêmio em troca da ajuda da vítima, mas sempre pedem um valor maior do que o que estão oferecendo.

Nesse ponto, os golpistas podem contar com a ajuda de outros comparsas, que se fazem passar por desconhecidos ou até mesmo por advogados ou funcionários da loteria. Eles confirmam a história do primeiro golpista e tentam convencer a vítima a entregar dinheiro ou objetos de valor como garantia para o recebimento do prêmio.

Em alguns casos, os golpistas chegam a levar as vítimas até uma casa ou escritório, onde mostram malas cheias de dinheiro para convencê-las de que são honestos e que têm realmente o prêmio. Mas, na maioria das vezes, o dinheiro ou objetos de valor entregues pelas vítimas desaparecem junto com os criminosos.

Por isso, é importante que a população esteja sempre atenta a esse tipo de golpe e desconfie de pessoas desconhecidas que oferecem prêmios fáceis ou pedem ajuda para resolver problemas financeiros. Sempre que houver suspeita, é preciso acionar a polícia e não fazer qualquer tipo de pagamento sem antes confirmar a autenticidade do bilhete de loteria e a veracidade da história contada pelos golpistas.