Influencer que deixou bomba falsa em aeroporto “para viralizar” é solto

Influenciador Enzo Master é Libertado Após Polêmica com Bomba Falsa no Aeroporto

A Justiça Federal de Rondônia tomou uma decisão bastante discutível ao liberar da prisão o influenciador Carlos Eduardo Lenartowicz Lima, conhecido popularmente como Enzo Master. Isso ocorreu após uma audiência de custódia realizada no final da tarde da última terça-feira, dia 19. O caso gerou muita controvérsia e levantou questões sobre a responsabilidade de influenciadores nas redes sociais.

O Caso: Bomba Falsa no Aeroporto

Tudo começou quando Enzo Master se apresentou na Superintendência da Polícia Federal em Porto Velho, na segunda-feira, dia 18. Ele foi preso porque havia um mandado de prisão preventiva contra ele. O motivo? Na quinta-feira anterior, dia 14, ele deixou uma bomba falsa no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho. O incidente resultou no fechamento do aeroporto por três horas, enquanto as autoridades isolavam a área, acreditando tratar-se de um explosivo real. No entanto, o objeto era inofensivo, e a intenção de Enzo era criar conteúdo para suas redes sociais.

A Repercussão e o Vídeo Selfie

Com a ajuda das câmeras de segurança do aeroporto, as autoridades conseguiram identificar rapidamente o autor do ato. Para piorar a situação, Enzo filmou um vídeo-selfie logo após deixar a mala com a bomba falsa no saguão do aeroporto. Esse tipo de comportamento levanta um questionamento importante: até onde vão os limites da busca por visualizações e likes nas redes sociais?

Defesa e Argumentos

O advogado de Enzo, Jackson Chediak, argumentou à CNN que seu cliente deve responder por um crime menos grave. Ele defendeu que o ato de Enzo não se enquadrava em crime contra a segurança de transporte aéreo, mas sim em uma contravenção, caracterizada como alarme falso. Segundo o advogado, o influenciador não tinha a intenção de causar pânico real, mas apenas de gerar conteúdo para a internet. Chediak ressaltou que não houve risco concreto para a aviação e que nenhum voo foi cancelado devido ao incidente.

  • Intenção: Chediak destacou que a intenção de Enzo era meramente criar conteúdo e não causar terror.
  • Falta de risco: O advogado mencionou que não houve compromissos nas operações do aeroporto.
  • Princípio da proporcionalidade: Ele argumentou que não se pode equiparar uma pegadinha irresponsável a um ato terrorista.
  • Arrependimento: O advogado também citou o arrependimento eficaz do cliente, que entrou em contato com a polícia para esclarecer a situação.

A Audiência de Custódia

Durante a audiência de custódia, o Ministério Público Federal pediu a manutenção da prisão de Enzo, alegando risco de fuga. No entanto, a defesa contra-argumentou que, mesmo que o influenciador fosse condenado, a pena não seria cumprida em regime fechado. Assim, a defesa considerou desnecessário manter uma medida cautelar mais severa do que a pena esperada ao final do processo.

O juiz, ao ouvir os argumentos do advogado, decidiu substituir a prisão preventiva por medidas cautelares diversas. Essa decisão provocou reações mistas na opinião pública, com algumas pessoas apoiando a liberação e outras considerando o ato de Enzo como uma irresponsabilidade que não deveria ser ignorada.

Reflexões Finais

Esse caso levanta várias questões sobre a ética nas redes sociais e o papel dos influenciadores digitais. A busca incessante por cliques e visualizações pode levar a práticas perigosas e irresponsáveis, que podem ter consequências sérias. É importante que tanto criadores de conteúdo quanto suas audiências reflitam sobre os limites do que é aceitável na busca por atenção e engajamento.

O incidente de Enzo Master é um lembrete de que, mesmo em busca de conteúdo criativo, a responsabilidade deve sempre ser uma prioridade. É fundamental que a sociedade discuta e estabeleça limites claros sobre o que é apropriado e seguro, especialmente em plataformas que alcançam milhões de pessoas.

Para você, leitor, o que pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários abaixo e compartilhe este artigo para que mais pessoas possam refletir sobre os limites da criação de conteúdo nas redes sociais.