O mundo assiste com horror e preocupação ao escalonamento do conflito entre Israel e Palestina, um cenário de violência que parece não ter fim. O recente ataque do Hamas, iniciado neste sábado (7/10), contra Israel provocou uma reação imediata do governo brasileiro. Em uma declaração oficial do Ministério das Relações Exteriores (MRE), a administração de Lula condenou veementemente o uso da violência, especialmente contra civis, e convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), do qual o Brasil é atualmente presidente.
O comunicado expressou profundo pesar pelo fato de que, no ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, a situação entre Israel e Palestina tenha deteriorado gravemente. A nota também tranquilizou a população brasileira ao afirmar que não há informações sobre vítimas do Brasil no ataque, mas enfatizou a necessidade de todas as partes envolvidas exercerem a máxima contenção para evitar uma escalada ainda maior da situação.
O Brasil, através do MRE, reiterou seu compromisso com a solução de dois Estados, defendendo a coexistência pacífica e segura de Palestina e Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Além disso, o governo brasileiro fez um apelo urgente para a retomada das negociações de paz entre as duas partes, destacando a importância de encontrar uma solução diplomática e pacífica para o conflito.

O ataque, que começou com o lançamento de mais de 5 mil foguetes da Faixa de Gaza, foi acompanhado por invasões às cidades israelenses por militantes armados do Hamas. Casas foram invadidas, soldados e civis foram mortos, e israelenses foram sequestrados, criando um cenário de caos e terror. Imagens chocantes circularam nas redes sociais, mostrando as cidades destruídas pelos foguetes, o pânico entre os residentes e a agressividade dos militantes.
Um relato comovente veio de Yanai Gilboa-Glebocki, um brasileiro que vive em Bror Hayil, um kibbutz situado a apenas 7,5 km da fronteira com a Faixa de Gaza. Ele descreveu a surpresa e o horror da comunidade diante da violência inesperada. Relatou que muitos foram mortos e feridos, soldados e civis foram capturados e até mesmo veículos do Exército israelense foram tomados pelo Hamas. Mais de dois kibutzim estariam sob o controle do grupo extremista, ilustrando a magnitude do caos e da instabilidade na região.
Diante desse cenário desolador, o apelo do Brasil por paz e ação diplomática ressoa como um chamado à razão em meio ao tumulto. Enquanto o mundo observa, é crucial que a comunidade internacional se una para pressionar por um cessar-fogo imediato, além de apoiar esforços significativos para retomar as negociações de paz entre Israel e Palestina.
O Brasil, como presidente do Conselho de Segurança da ONU, está em uma posição única para liderar esse esforço. A comunidade global aguarda, com esperança e apreensão, por ações concretas que possam trazer alívio para as pessoas que vivem nessa região há décadas sob a sombra do conflito. Em meio à escuridão da violência, a busca pela paz deve permanecer inabalável, guiada pelo entendimento de que somente através do diálogo e da cooperação pode-se alcançar uma solução duradoura para esse conflito complexo e profundamente enraizado.