Um crime macabro chocou a cidade de Waukesha, no estado de Wisconsin (EUA). Um jovem de 17 anos, identificado como Nikita Casap, está sendo acusado de assassinar a própria mãe, Tatiana Casap, e o padrasto, Donald Mayer. O detalhe mais perturbador? Ele teria convivido com os corpos dentro de casa por impressionantes 17 dias antes de a polícia finalmente descobrir o que aconteceu.
As informações foram divulgadas pelo jornal New York Post, e o caso ganhou repercussão nacional. O adolescente compareceu ao tribunal na última quinta-feira (27), onde ficou decidido que ele será julgado como adulto. Se condenado, pode pegar prisão perpétua.
Como a polícia chegou até o suspeito?
O crime só foi descoberto porque professores e colegas começaram a estranhar o sumiço de Nikita. Ele faltou às aulas por duas semanas consecutivas e, além disso, algumas mensagens bizarras foram enviadas do telefone do padrasto para conhecidos da família. Essa movimentação atípica acendeu um alerta, levando as autoridades a realizarem uma verificação de bem-estar na casa do jovem no dia 28 de fevereiro.
A cena encontrada pelos policiais foi digna de um filme de terror. O corpo de Tatiana estava jogado próximo à cozinha, coberto por roupas e cobertores, como se alguém tentasse escondê-lo. Ela foi atingida por disparos no pescoço, no tronco, no abdômen e no punho direito. Já Donald Mayer foi encontrado no escritório, morto com um tiro na cabeça.
Nenhuma testemunha, nenhum alerta
Um detalhe que intrigou os investigadores foi a ausência de denúncias sobre tiros disparados dentro da casa. A residência da família fica em uma área isolada, o que pode ter facilitado para que o crime passasse despercebido por tanto tempo.
Após o levantamento inicial, as equipes de perícia concluíram que as mortes ocorreram por volta do dia 11 de fevereiro. Ou seja, desde essa data, Nikita continuou vivendo normalmente dentro da casa, dividindo o espaço com os corpos da mãe e do padrasto.
A fuga e a captura
Quando os policiais chegaram à residência, o jovem não estava mais lá. Ele só foi localizado dias depois, a quase 1.000 quilômetros de distância, durante uma blitz de trânsito em Wakeeney, no estado do Kansas. As circunstâncias exatas da fuga ainda não foram esclarecidas, mas a polícia acredita que ele deixou Wisconsin pouco depois do crime.
Os corpos já estavam em estado avançado de decomposição, o que dificultou a identificação imediata. Por conta disso, as autoridades precisaram recorrer a métodos forenses mais avançados para confirmar as identidades e a causa da morte.
O que motivou o crime?
Até o momento, os investigadores não conseguiram determinar o que levou Nikita a cometer os assassinatos. Nenhuma briga recente foi relatada por vizinhos ou conhecidos da família, e o histórico do jovem não indicava qualquer comportamento violento antes do crime.
Esse tipo de caso levanta questionamentos sobre o estado mental do suspeito. Psicólogos forenses que acompanham a investigação sugerem que a forma como ele permaneceu na casa sem demonstrar sinais de remorso pode indicar algum tipo de transtorno psicológico grave.
O julgamento e as possíveis consequências
Como será julgado como adulto, Nikita Casap enfrenta acusações pesadas e pode passar o resto da vida na prisão se for condenado. O sistema judicial dos EUA não costuma ser brando em casos de homicídio premeditado, principalmente quando há mais de uma vítima envolvida.
Esse crime cruel reacende debates sobre saúde mental entre jovens e a importância de identificar sinais de comportamento agressivo antes que tragédias aconteçam. A sociedade continua acompanhando o desdobramento desse caso brutal, que choca pela frieza e pela aparente ausência de um motivo claro.