A jovem que tirou a vida da amiga Isabele Guimarães Rosa, em 2020, com um tiro no rosto foi expulsa agora do curso de medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic. A informação foi compartilhada pela coluna True Crime, do jornal O Globo, e confirmada mais tarde pelo Metrópoles. A jovem era matriculada na unidade de Campinas (SP) da instituição de ensino.
O veredito de expulsar a estudante foi efetuado depois que a instituição de ensino recebeu uma denúncia feita ao Comitê de Compliance. De acordo com a São Leopoldo Mandic, foi realizada uma investigação que verificou que a presença da aluna “gerou um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico”.
O diretor de instituição, Guilherme Succi, disse que desligamento da estudante traz “segurança” a todos os envolvidos. “Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo Conselho Federal de Medicina, a faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa”, diz a instituição,
A jovem expulsa ainda poderá recorrer da decisão.
Conforme com a True Crime, uma estudante do 5º ano de medicina, moradora de Cuiabá, capital de Mato Grosso, espalhou pela faculdade que a jovem tinha sido condenada por homicídio. Agregado a essa atitude, a estudante passou a ser rejeitada pelos demais colegas de turma.
Relembre o caso
A adolescente, Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, foi morta pela melhor amiga em 12 de julho de 2020, em uma casa em um condomínio de luxo, em Cuiabá. Na oportunidade em questão, a adolescente levou um tiro no rosto.
Na época do crime em questão, a jovem que efetuou o disparo praticava tiro esportivo junto com os irmãos e os pais.
Por ser menor na época do crime, a Polícia Civil indiciou a jovem por ato infracional análogo a homicídio doloso em 2 de setembro do mesmo ano. Na época, a jovem chegou a ficar cerca de 18 meses detida em uma unidade para menores infratores.
Em 2022, após recurso, a tipificação do crime foi mudado para ato análogo a homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, o que possibilitou que ela respondesse pelo crime em liberdade.
Confira a nota completa da Faculdade São Leopoldo Mandic:
Em relação ao caso da aluna ingressante no curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, a Instituição tomou conhecimento do fato a partir de uma denúncia feita ao Comitê de Compliance.
Foi feita uma apuração e constatado que a presença da aluna gerou um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico.
Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), a Faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa.
A Faculdade tem como nortes a estabilidade de sua comunidade, a dignidade acadêmica e o respeito aos princípios éticos que regem o ensino superior, para o que se faz necessário afastar riscos à reputação e imagem da Instituição, construída ao longo dos últimos 30 (trinta) anos.