Na última segunda-feira (20), uma tragédia abalou a pequena comunidade do povoado do Morrão, na zona rural de São Desidério, na Bahia. Thallys Gabriel Lopes Delgado, um menino de apenas 5 anos, morreu após um acidente que, infelizmente, poderia ter sido evitado. Ele foi eletrocutado ao entrar em contato com uma cerca de arame que estava energizada. Seu corpo foi encontrado com um dos dedos preso no arame.
A mãe de Thallys contou à polícia que o menino estava brincando na frente de casa, sem roupas, com uma lata de areia, como tantas outras crianças fazem. Até aí, tudo parecia normal, mas o dia tomou um rumo trágico. Por volta das 10h, ela foi procurar o filho, mas não o encontrou. Preocupada, ela perguntou ao filho mais velho, que tem 14 anos, se ele sabia onde Thallys estava. Foi quando soube que o menino havia saído para ver um macaco que tinha passado por perto.
Desesperada, a mãe foi até a delegacia pedir ajuda. Já sem saber onde procurar, ela foi informada por volta de meio-dia que o corpo de Thallys havia sido encontrado por um vizinho. O coração de qualquer mãe se despedaçaria com uma notícia dessas.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo da criança não tinha sinais de violência, mas durante a perícia, ficou claro que a cerca estava energizada, o que causou o acidente fatal. Um dos agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT), enquanto realizava os trabalhos, levou até um leve choque. Imagina o susto! O menino provavelmente foi atraído pela cerca ou até estava tentando se apoiar nela, sem saber do perigo que estava correndo. E, nesse momento, a vida de Thallys foi interrompida de forma brutal.
Após a perícia, o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Barreiras. Até o momento, a família ainda não tem informações sobre o velório e sepultamento. A Delegacia de São Desidério já abriu um inquérito para investigar o que aconteceu. Eles aguardam o laudo da necrópsia, que vai ajudar a entender melhor as circunstâncias da morte.
Infelizmente, esse tipo de acidente, embora pareça raro, não é tão incomum em algumas áreas mais afastadas, onde cercas energizadas são utilizadas como uma medida para proteger propriedades. No entanto, o risco para crianças e até animais é imenso. Ninguém espera que algo assim aconteça, mas é fundamental que os responsáveis por essas instalações tomem mais cuidado, especialmente em locais onde crianças brincam. A vida de uma criança vale muito mais do que qualquer cerca, qualquer propriedade.
A tragédia que tirou a vida de Thallys serve como um alerta para todos. A segurança em áreas rurais e até mesmo urbanas precisa ser mais discutida e melhorada. Crianças pequenas não têm noção de perigo e, muitas vezes, não sabem identificar o que é seguro e o que não é. Por isso, é tão importante que os adultos fiquem atentos e que medidas de segurança sejam tomadas para evitar situações como essa.
As famílias da região estão de luto, e a dor da perda é imensa. Fica aqui a nossa solidariedade para todos que estavam próximos de Thallys e para os pais, que perderam uma criança tão jovem de uma forma tão repentina. A investigação vai tentar esclarecer como a cerca foi energizada e quem é o responsável por essa tragédia, mas, no fim, o que fica é a saudade e o vazio de uma vida que se foi cedo demais.