Menino de 7 anos é espancado até a morte após pegar comida na geladeira; pai adotivo teria confessado o crime

 

Lucas Henrique de Lima Franco Leão, uma criança de apenas sete anos, se tornou mais uma vítima de um crime cruel. Esse trágico incidente ocorreu na cidade de Guararema, em São Paulo. Na madrugada desta sexta-feira (23), Lucas foi brutalmente espancado e não conseguiu sobreviver aos ferimentos.

Segundo informações fornecidas pela Polícia Militar, o espancamento teria ocorrido após o menino pegar comida na geladeira. O pai adotivo de Lucas, identificado como Marcelo Bezerra Leão, teria confessado ter agredido a criança, de acordo com relatos da PM.

Além disso, Marcelo Bezerra Leão admitiu que batia frequentemente no garoto, revelando detalhes que são extremamente angustiantes. Lucas foi socorrido e levado ao Hospital Luiza de Pinho Melo, na cidade de Mogi das Cruzes, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos, e seu falecimento foi confirmado. A equipe médica também identificou hematomas antigos no corpo do menino, o que agrava ainda mais a gravidade desse caso.

Além de Lucas, o casal adotou mais dois filhos, sendo o mais velho com 15 anos, que prestou depoimento. Os três foram adotados juntos, e a Polícia Militar relata que Marcelo afirmava que Lucas tinha alguns problemas, incluindo excesso de alimentação.

Inicialmente, o pai adotivo de Lucas alegou que o menino havia caído da escada, mas depois acabou confessando que o agredia. A mãe de Lucas, Margarete Franco Leão, também foi presa, acusada de omissão. Segundo o cabo da PM, Gilmar Guedes, o casal é conhecido na cidade.

INTOLERÂNCIA: PAI MATA SEU PRÓPRIO FILHO POR DISCORDAR DE SEUS IDEAIS

Um trágico caso de extrema intolerância resultou na morte de Guilherme Silva Neto, um jovem estudante de matemática, de apenas 20 anos, na Universidade Federal de Goiás (UFG). O responsável por esse crime horrível foi seu próprio pai, o engenheiro civil Alexandre José da Silva Neto, de 60 anos, que, após cometer o assassinato, tirou sua própria vida com um tiro na boca e faleceu posteriormente no hospital. Esse terrível incidente ocorreu em Goiânia, Goiás, na terça-feira (15).

De acordo com relatos da mãe, Rosária de Moura Sousa e Silva, que é delegada aposentada, pai e filho viviam em constante conflito. O pai não aceitava as ideias revolucionárias do filho, que simpatizava com um estilo de vida alternativo e participava de lutas sociais.

O delegado responsável pelo caso considerou o crime premeditado. Segundo o relato, os dois discutiram pela manhã e o pai proibiu o filho de se encontrar com colegas envolvidos na “ocupação” da universidade. À tarde, Alexandre saiu de casa e ficou à espera de Guilherme, que também saiu de casa e foi perseguido pelo pai, armado. O pai efetuou vários disparos contra o jovem até tirar sua vida e, em seguida, tirou a própria vida.

De acordo com Rafael Saddi, professor de História da UFG, que era familiarizado com o jovem e compartilhava das mesmas ideias do estudante, o crime não deve ser considerado apenas como um caso de violência familiar, mas também possui uma dimensão política que merece análise.

“O mais baixo uso político de uma tragédia é aquele que tenta impedir a explicitação do caráter político desta tragédia, disfarçando-se de humanismo”. Para Rafael, “é evidente que nem todo mundo que é contra as ocupações é capaz de matar por isso. Precisa de um traço profundamente violento e sabe-se lá mais o quê para cometer tal barbaridade. Mas, sim, a motivação política existe, está aí, para todos verem”, postou inconformado.

“O Guilherme está morto. Um jovem que tinha o melhor da juventude: sua indignação, sua coragem e seu idealismo. Para quem conheceu o Guilherme, não era possível separar sua vida de suas ideias. Tampouco, poderão separar sua morte. Enxuguem o choro, que ele não nos engana. Não Passarão!”, afirmou o professor.