Uma cena assustadora marcou a última quarta-feira (4) no Hospital Municipal de Quedas do Iguaçu, Paraná. Uma mulher, cuja identidade não foi revelada, foi presa em flagrante após desferir mais de 30 golpes de faca em um homem que já estava internado na unidade. O ataque foi registrado por câmeras de segurança e deixou funcionários e pacientes em choque.
O início da tragédia
Segundo informações da Polícia Civil, a história começou com uma discussão entre a agressora e a vítima. Durante o desentendimento, a mulher atacou o homem com uma faca, mas ele conseguiu fugir e buscar socorro. Gravemente ferido, foi levado por um socorrista do SAMU até o hospital.
O que ninguém esperava é que o pesadelo estava longe de terminar. Determinada a continuar o ataque, a mulher contratou um mototáxi e seguiu até a unidade de saúde. Lá, encontrou o homem em uma maca, sendo atendido por profissionais.
Um ataque brutal
As imagens captadas pelas câmeras de segurança mostram a mulher entrando no hospital com a faca em mãos e avançando diretamente para a vítima. Sem hesitar, ela desfere diversos golpes, enquanto os funcionários, tomados pelo pânico, tentam intervir sem sucesso.
A vítima, mesmo debilitada, tenta se defender com os braços e pernas, mas não consegue impedir os ataques. O episódio dura cerca de 38 segundos, tempo suficiente para deixar todos os presentes aterrorizados.
Após o ataque, a mulher se apoia em uma parede, senta-se em uma cadeira e aguarda calmamente a chegada da polícia, ainda segurando a faca. Enquanto isso, a equipe do hospital corre para socorrer o homem, que permanece gravemente ferido.
Motivação e depoimento
Durante seu depoimento, a agressora admitiu os ataques e revelou que o crime foi motivado por conflitos pessoais relacionados à convivência com a vítima. Segundo o delegado Emanuel Almeida, os dois se conheciam há sete anos e tinham feito um acordo para dividir o aluguel de uma residência.
“De acordo com a autora, o homem queria manter relações sexuais com ela, algo que ela não desejava. Além disso, ele exigia ver o celular dela para saber com quem estava conversando. Em um momento de fúria, ela pegou a faca e o atacou”, explicou o delegado.
Essa relação conflituosa, marcada por tensão e desentendimentos, culminou no ato de violência extrema que chocou a cidade.
Prisão preventiva e investigações
Após a prisão em flagrante, a justiça decidiu converter a detenção da mulher em prisão preventiva. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil de Quedas do Iguaçu, que busca esclarecer todos os detalhes sobre o relacionamento entre os envolvidos e o que exatamente motivou a agressão.
Até o momento, o estado de saúde do homem não foi divulgado, e informações sobre sua defesa também não foram confirmadas.
Repercussão e debate
O ataque no hospital levantou discussões sobre segurança em unidades de saúde e a necessidade de medidas mais rígidas para evitar tragédias desse tipo. Muitos questionam como a mulher conseguiu entrar armada no hospital e atacar a vítima sem ser contida.
Nas redes sociais, o caso gerou revolta e comoção. “Isso é inadmissível. Onde está a segurança? Um homem já ferido ser atacado de novo dentro de um hospital é o cúmulo da falta de proteção”, escreveu uma internauta.
Outros, porém, apontaram a necessidade de entender o contexto da situação antes de julgamentos precipitados. “Ninguém sai esfaqueando alguém do nada. Que se apure tudo antes de condenar. É um caso triste para todos os lados”, comentou outro usuário.
Reflexões finais
Casos como esse destacam a complexidade das relações humanas e a importância de identificar sinais de conflitos antes que eles evoluam para atos de violência. Além disso, trazem à tona a urgência de garantir segurança em espaços públicos como hospitais, onde as pessoas deveriam estar protegidas e cuidadas.
Enquanto a investigação continua, a comunidade de Quedas do Iguaçu tenta lidar com o impacto de uma tragédia que poderia ter sido evitada.