A atenção que as autoridades internacionais dedicam ao trânsito de menores é de extrema importância para prevenir crimes relacionados ao tráfico de pessoas, sequestros e outros perigos.
Contudo, algumas situações podem ter interpretações que vão além da precaução. Isso poderia ser uma forma de descrever uma experiência traumática enfrentada por uma mãe e sua filha.
Mary MacCarthy é uma mulher norte-americana de ascendência caucasiana, enquanto sua filha, uma menina de 10 anos, é de origem afrodescendente. As duas passaram por uma situação traumática ao tentarem embarcar em um voo da companhia aérea Southweast Airlines.
Mãe e filha buscavam viajar de Los Angeles, Califórnia, onde residem, até a cidade de Denver, no estado do Colorado. O objetivo da viagem era comparecer ao funeral de um ente querido.
Contudo, a viagem foi interrompida após Mary ser acusada de tráfico humano, uma acusação séria levantada pelos representantes da companhia. As autoridades policiais foram chamadas e Mary passou por um interrogatório, sendo inclusive separada de sua filha no momento do desembarque.
“O único motivo para o alerta do funcionário da Southwest foi a suposição de que a filha da Sra. MacCarthy não poderia ser sua filha, devido à sua ascendência mista”, declara uma passagem do processo que foi instaurado no tribunal local.
Quando relembrando o episódio, Mary compartilhou que chorou durante o interrogatório policial. Sua filha, Moira, também sofreu com o trauma e tem evitado discutir o incidente.
Para Mary, essa experiência somou-se a uma série de acontecimentos desagradáveis. Ela refletiu sobre o que considera ser uma manifestação do racismo, já que frequentemente sua relação com a filha é colocada em questão.