Mulher sobrevive após queda de avião que explodiu em pleno ar

 

Há 45 anos, a antiga aeromoça Vesna Vulovic sobreviveu a uma explosão e queda de um avião a uma altitude de aproximadamente 10 mil metros. Essa tragédia, ainda envolta em mistério, teve um impacto significativo em sua vida, transformando-a em uma ativista política. Após muitos anos desde o incidente, Vesna, aos 66 anos de idade, voltou a receber atenção ao ser encontrada morta em sua residência em Belgrado, onde vivia sozinha com seus três gatos.

O acidente ocorreu em 26 de janeiro de 1972, quando Vulovic estava trabalhando como aeromoça a bordo de um avião DC-9 da Yugoslav Airlines. Subitamente, a aeronave explodiu sobre uma cadeia de montanhas na antiga Tchecoslováquia.

Vesna Vulovic foi a única sobrevivente entre os 28 passageiros e tripulantes a bordo da aeronave. De acordo com as investigações, a aeromoça ficou presa em um carrinho de comida na parte traseira do avião, que se partiu durante o voo. O avião colidiu com árvores e neve, o que, segundo especialistas, ajudou a amortecer o impacto da queda. Vesna foi resgatada por Bruno Honke, um lenhador da aldeia Srbská Kamenice, que ouviu seus gritos no escuro, entre os destroços do avião.

‘Menina milagrosa’: Como está a única sobrevivente do voo Yemenia 626, que matou 152 pessoas, há dez anos

Aos 12 anos de idade, Bahia Bakari, uma adolescente francesa, vivenciou um verdadeiro milagre quando o avião em que ela e sua mãe estavam caiu sobre o Oceano Índico, na Costa da África. Surpreendentemente, Bahia foi a única sobrevivente dos 152 passageiros a bordo. Sem saber nadar e sem utilizar um colete salva-vidas, ela se segurou em um pedaço da fuselagem da aeronave e, apesar dos ferimentos graves, conseguiu permanecer viva por aproximadamente nove horas. Flutuando à deriva no mar aberto, ela foi eventualmente resgatada e levada de volta ao seu país, onde foi recebida por autoridades e apelidada pelos jornalistas de “Menina milagrosa”.

Dez anos depois, Bahia participou de um evento em Marselha, na França, que prestou homenagem às vítimas da tragédia. Em uma entrevista à imprensa local, ela revelou que ainda reside em Paris com seu pai e seus três irmãos mais novos. Além disso, Bahia está cursando a faculdade e trabalha com empresas de financiamento imobiliário. A sobrevivente expressou críticas em relação à demora nas investigações sobre a queda do voo 626 da Yemenia Airlines.

“É lamentável perceber que, mesmo após todos esses anos, em certos aspectos, ainda estamos no mesmo estágio inicial”, expressou Bahia em uma entrevista ao site “La Marseillaise”.

Até o presente momento, a causa exata do acidente permanece desconhecida. No entanto, logo após a tragédia, o governo francês divulgou que, em 2007, uma inspeção havia identificado falhas no Airbus 310-324, a aeronave envolvida, resultando na proibição de seu uso pela companhia aérea na Europa.

Em 29 de junho de 2009, Bahia e sua mãe, Aziza Aboudou, partiram de Paris em direção às Ilhas Comores, localizadas no Leste da África e país de origem da família. O voo da Yemenia fez uma escala em Marselha, na França, antes de prosseguir para Sana’a, no Iêmen. Em seguida, mãe e filha embarcaram no voo 626, a bordo de um Airbus 310-324, que as levaria a Moroni, nas Ilhas Comores. No entanto, por volta de 1h50 da madrugada (horário local), a aeronave começou a perder altitude e acabou caindo no mar. Bahia foi ejetada do avião, mas conseguiu se agarrar a um pedaço da fuselagem e flutuar à deriva até ser resgatada por uma embarcação privada que fazia o transporte de passageiros entre as Ilhas Comores e Madagascar.