Nasa detecta uma mancha solar ameaçadora com dimensões quatro vezes superiores às do planeta Terra

Os pontos escuros observados no Sol podem indicar erupções com potência equivalente a aproximadamente 3 milhões de explosões nucleares.

Uma mancha escura foi observada no Sol pela Nasa, possuindo uma dimensão estimada de quatro vezes o tamanho da Terra. Os pesquisadores destacaram que é viável visualizar esse evento utilizando óculos que protegem contra os raios prejudiciais emitidos pela estrela.

As regiões de manchas solares são caracterizadas por um campo magnético aproximadamente 2.500 vezes mais intenso que o campo magnético da Terra. Essa intensidade é significativamente superior à observada em quaisquer outras áreas da superfície solar, conforme esclarece o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos.

A agência norte-americana NOAA, responsável pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, está em constante vigilância da atividade das manchas solares e divulgará informações atualizadas conforme a necessidade.

Essas manifestações podem ser indícios antecipados de erupções extremamente poderosas, cuja intensidade poderia ser equivalente a quase 3 milhões de explosões de bombas atômicas, potencialmente representando uma ameaça iminente para o nosso mundo.

Quando direcionadas ao nosso planeta, essas erupções solares, denominadas tempestades geomagnéticas, têm o potencial de ocasionar perturbações nas transmissões de rádio e ocasionar ocasionais interrupções no fornecimento de energia elétrica.

Esses eventos explosivos não são tão raros e seguem um padrão cíclico com duração de aproximadamente 11 anos. Atualmente, a estrela está atravessando uma fase em que essas ocorrências acontecem com maior facilidade e frequência elevada.

Os pesquisadores fazem projeções de que o próximo ápice desse ciclo ocorrerá em 2025, contudo, a quantidade de manchas solares que surgirão e a intensidade desse período ainda permanecem incertas.

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El Niño, condições de aridez e ondas de calor: o que esperar do próximo verão?

Recentemente, vivenciamos um período de temperaturas sem precedentes tanto em terra como no mar, marcando um dos momentos mais quentes já registrados. A realidade é incontestável: a crise climática é uma presença inegável em nosso meio.

Aquilo que outrora possivelmente afetava somente as comunidades mais expostas, agora está se tornando cada vez mais visível na vida diária de qualquer habitante das metrópoles, com estações do ano que parecem mesclar-se, resultando em invernos que se assemelham ao início do verão.

A marca histórica de temperatura registrada na camada superficial dos oceanos está parcialmente associada ao El Niño, um fenômeno climático natural que acontece em intervalos aproximados de sete anos.

O El Niño é marcado por alterações nos padrões de vento, resultando no aumento significativo da temperatura da camada superficial das águas do Oceano Pacífico, próximo à costa do Peru.

A designação El Niño, aliás, tem origem no termo empregado por pescadores da região por várias gerações. Eles associavam as águas anormalmente aquecidas ao nascimento do menino Jesus, devido à coincidência de o fenômeno atingir seu ponto máximo por ocasião do Natal.

No entanto, é crucial lembrar que esses padrões climáticos também estão sendo intensificados devido às alterações no clima. Tanto é assim que o atual El Niño até o momento é tido como sendo de intensidade moderada, sugerindo que as temperaturas oceânicas provavelmente irão aumentar ainda mais.

O impacto de um oceano com temperaturas mais elevadas se estende para além da fusão das calotas polares, uma vez que os oceanos desempenham um papel crucial na regulação climática global, ao absorver calor e funcionar como importantes reservatórios de carbono.

De acordo com os especialistas, os mares estão atualmente capturando uma parcela estimada de 30% a 50% do dióxido de carbono resultante da queima de combustíveis fósseis.

Isso significa que, caso não houvesse a influência dos oceanos, as taxas de aquecimento global seriam ainda mais elevadas do que os atuais níveis alarmantes.

A ampla dispersão de dióxido de carbono nas águas oceânicas resulta em mudanças no equilíbrio químico e desencadeia o fenômeno conhecido como acidificação dos oceanos.

Um dos efeitos diretos mais reconhecidos é a descoloração dos recifes de coral, ocorrendo quando os corais tornam-se excessivamente frágeis devido às temperaturas elevadas e ao ambiente mais ácido, levando à perda das algas que sustentam sua existência, resultando na exposição apenas dos esqueletos brancos.

Diante de um inverno que se assemelha ao verão, quais são as perspectivas para a estação quente? O El Niño costuma desencadear transformações em toda a América Latina, porém de forma variada entre as diferentes áreas geográficas.

Nas regiões do Norte e grande parte do Nordeste do país, é provável que ocorra um período de clima mais árido, o que pode intensificar os incêndios ilegais na Amazônia e no Cerrado, além de afetar a oferta de energia em uma área que depende significativamente de usinas hidrelétricas.

Na região sul do Brasil, ocorre o oposto, com uma maior quantidade de chuvas do que o habitual, o que pode resultar em possíveis inundações. No sudeste, a situação encontra-se entre esses dois extremos, e já é prudente se preparar para episódios extremos de calor, alternados com chuvas intensas.

Há uma alta probabilidade de que, durante esse período de El Niño, a temperatura global ultrapasse o limite de aquecimento de 1,5°C estabelecido no Acordo de Paris.