O verdadeiro significado de cena assustadora do filme “Paixão de Cristo”

O filme a “A Paixão de Cristo” é indiscutivelmente uma obra-prima da indústria do cinema, tendo sido lançado em 2004. Desde sua estreia, tornou-se uma tradição para muitas famílias cristãs assistir ao filme pelo menos uma vez por ano.

Na época, no filme gerou enorme polêmica por causa das cenas bastante realistas retratando a paixão e morte de Jesus Cristo. O filme causou grande controvérsia na época devido às suas cenas extremamente realistas que retratavam a paixão e morte de Jesus Cristo.

Uma das cenas que despertou bastante impacto foi a flagelação de Jesus, na qual Satanás é representado carregando uma criança com uma aparência visivelmente envelhecida. Essa sequência ainda hoje assombra muitos espectadores que assistem ao filme.

A cena possui um ar perturbador, mesmo sem o personagem em foco proferir uma única palavra. O aspecto do bebê desperta uma infinidade de reflexões.

Há um significado subjacente na cena que passou quase despercebido: Jesus Cristo está sendo flagelado enquanto Satanás surge com um “bebê” para demonstrar a Jesus que até “O Diabo” zela por seu filho, enquanto Deus permite que Ele seja cruelmente humilhado.

 

Veja também 3 curiosidades sobre o filme Paixão de Cristo

 

Críticas à violência excessiva:

Embora o filme tenha obtido sucesso nas bilheterias, também enfrentou duras críticas. Embora retrate de maneira detalhada a crucificação de Jesus, muitos argumentam que o filme exagera ao mostrar uma violência tão realista, e que a dramatização excessiva da tragédia desvia a atenção da mensagem central sobre o sacrifício divino. 

Além disso, existem relatos de pessoas que, impactadas pelo filme, supostamente morreram enquanto o assistiam: no Brasil, um pastor de 43 anos sofreu um ataque cardíaco durante uma exibição em Belo Horizonte, porém a família diz que se tratava de uma coincidência. 

 

Mais que um papel, um chamado: 

Após interpretar o papel de Jesus e vivenciar o martírio sofrido por ele, Jim Caviezel relata ter experimentado uma sensação de chamado especial. Em entrevistas, ele compartilhou que durante a produção percebeu que sua oportunidade de atuar no papel não se tratava apenas de um trabalho comum, mas de um convite divino para se aproximar da figura de Cristo. 

Como resultado, Caviezel passou a dedicar-se como palestrante religioso. O ator também menciona que Gibson o advertiu de que, caso aceitasse o papel, sua carreira em Hollywood seria comprometida – e, de fato, Caviezel não obteve grandes papéis desde então. Nos últimos anos, ele voltou a ser tema de discussões devido a algumas declarações controversas, relacionadas aos ideais conservadores e teorias conspiratórias da extrema-direita.

 

Acusações de antissemitismo:

O filme em questão enfrenta uma controvérsia significativa devido a acusações de antissemitismo. Críticos e espectadores argumentam que a representação dos judeus na narrativa de Gibson é equivocada, retratando-os como principais responsáveis pela angustiante trajetória de Jesus e como cúmplices na crucificação. 

Na época do lançamento, grupos da comunidade judaica procuraram boicotar o filme, alegando que ele poderia fortalecer a hostilidade contra os judeus em todo o mundo. 

Gibson, um católico devoto, discordava dessa visão. Quando questionado em uma entrevista se o filme poderia ofender os judeus, ele respondeu: “Pode ser. No entanto, esse não é o objetivo. O objetivo é simplesmente contar a verdade”. Ao longo dos anos, o diretor tem feito declarações que foram interpretadas como preconceituosas e que têm gerado repercussão na mídia.